quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Minha participação no movimento da nação mestiça no final de semana

Camaradas esse final de semana, no domingo fui participar do mov. nação mestiça do companheiro Leão Alves e seu grupo até saiu no jornal daqui de Manaus. Veja isso é importante o debate sobre a questão racial e étnica na Amazônia dos ribeirinhos e dos caboclos.
Mestiços contra o PNDH
08/02/2010
Reportagem: Ive Rylo A reunião, realizada nesse fim de semana simultaneamente em São Paulo e em Manaus, também contou com a participação de entidades estudantis e representantes de partidos políticos. Mas, apesar das discussões terem relevante importância social, entre sábado e domingo, apenas cerca de 40 pessoas participaram da manifestação na capital amazonense. “Não existe muita participação da população. Estamos tentando mobilizar a sociedade”, disse a presidente. Ontem, alguns poucos representantes do Movimento Nação Mestiça se reuniram na praça da Matriz, Centro da cidade e, mostraram indignação ao citar a parte do Plano em que, segundo o grupo, determina que mulatos e pardos (caboclos, cafuzos e outros mestiços) sejam classificados racialmente como negros. “O amazonense é pardo. O caboclo não está associado ao africano. Quando transforma um grupo em outro, ele oficialmente não existe. Seguindo esse decreto, a cultura Amazonense seria tratada como cultura negra e, o Estado brasileiro que teria maior número de ‘negros’, seria Roraima e não a Bahia, por que se somariam o número de negros e de pardos”, afirmou o coordenador Fórum Mestiço das Políticas Públicas, Leão Alves. Elda acredita que “transformar” caboclos em negros pode ser prejudicial e, inclusive, ajudar a extinguir a cultura Amazônica. “A idéia de dividir o país em raças cria um apartaide. Só vai existir a política do branco e do negro, como já acontece em outros países. Aqui no Amazonas nós comemoramos o “Dia da Consciência Negra”, não existe o dia da consciência da indígena. Não existem políticas para os pardos e para os caboclos. O que se vê é o interesse de se eliminar o mestiço, tirar o direito da terra”, afirmou a presidente do movimento. Os manifestantes também se mostraram desfavoráveis às famosas “cotas”, como forma de ingresso às instituições de ensino. “Com o Plano, eles irão somar todos, dizer que pardos são negros, para aumentar a oferta de vaga. Mas na ‘hora H’, é escolhido o negro que tem a cor de pele preta, e para o pardo não tem vaga. Isso pode gerar sentimento de ódio como em outros países”, afirmou Leão. O grupo acredita que o PNDH legaliza as drogas e prejudica a liberdade de expressão. “Nossa manifestação tem vários focos, também temos visto a questão do aborto, em que o governo vê de maneira unilateral. E a Lei da Anistia, que foi essencial para nosso país, e que se coloca de maneira contrária no Plano”, afirmou Manoel Almeida, presidente do Movimento Estudantil Secundarista.

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