segunda-feira, 28 de abril de 2008

dia dos Beatles

Os Beatles ganham dia especial em Liverpool A banda de rock mais famosa da História receberá mais uma homenagem de sua cidade natal, Liverpool. A cidade inglesa criou o "Beatles Day" ("dia dos Beatles"), comemorado no dia 10 de julho. A idéia é que nesse dia sejam realizados diversos eventos, com muitas atrações. Um dos objetivos é levantar fundos para questões importantes, o tratamento médico de crianças.

A cidade irá ganhar decoração especial, com ar retrô, e as rádios locais irão tocar os grandes clássicos do grupo além de abrir espaço para os ouvintes compartilharem suas memórias. O "Beatles Day" irá culminar com um concerto na arena da cidade batizado de "Imagine - The concert". Diversos artistas irão apresentar "covers" de músicas do grupo. Fonte: JB Online + Terra

quarta-feira, 23 de abril de 2008

PSOL é direita socialista cristã do Opus Dei

Psol: fachada para a ofensiva política da Opus Dei e da direita nacional 23 de abril de 2008 Os que se esforçaram muito para acreditar que a reacionária posição do PSol contra o aborto e os direitos das mulheres era uma excentricidade obscurantista da ex-senadora Heloísa Helena, enganaram-se redondamente. A ex-senadora, que se declarou “socialista cristã”, trouxe consigo todo um séquito de beatos, cuja função é fazer coro com a Igreja Católica, dirigida pelo troglodita político Joseph Ratzinger. Recentemente, um vereador do Partido Socialismo e Liberdade não apenas apoiou as medidas reacionárias da Igreja, como foi inclusive autor de um projeto de lei que proíbe a distribuição da chamada pílula do dia seguinte, agindo como um verdadeiro agente de Ratzinger. Não há nenhuma explicação pseudo esquerdista que sirva sequer para encobrir ou amenizar o fato de que este vereador está diretamente mancomunado com a ala direita fascista da Igreja Católica. A posição contrária ao aborto e inclusive aos métodos contraceptivos é defendida apenas pela direita da Igreja, muito bem representada pelo atual Papa e sua organização medieval, fascista e contra-revolucionária: a Opus Dei. O PSol, nesse sentido, atua como uma fachada para a ultra-direitista Igreja Católica, tomando a frente nas iniciativas dessa. A campanha católica do PSol, que teve início na campanha eleitoral presidencial de 2006, coincidiu de maneira perfeitamente coordenada com a discussão sobre a legalização do aborto no Brasil, e a legalização efetiva em diversos países, e a subseqüente ofensiva da Igreja contra o direito das mulheres, encabeçada pelo nazista Papa Ratzinger. Diante disso, como não existe coincidência, em particular na política, é de se perguntar quais são as verdadeiras relações deste partido, que se diz socialista, e sua líder com a Igreja e a própria Opus Dei. Vários elementos da Igreja, alguns diretamente ligados à CNBB, aliada incondicional de Ratzinger nesta cruzada contra-revolucionária e antidemocrática contra as mulheres, fazem parte do Psol. Nesse sentido, a esquerda do PSol, que acredita estar imune a estas alianças espúrias, é na realidade justamente quem permite que estas existam. Isso porque o PSol é eficiente como fachada apenas porque se passa por esquerda e o único motivo pelo qual é possível que haja ainda alguma mínima ilusão no caráter esquerdista deste partido é o fato de que há aí correntes que se reivindicam “socialistas” e “dos trabalhadores”. Não fosse essa ilusão, há muito os parlamentares do PSol e sua cúpula dirigente (que são coincidentes) teria migrado ou permanecido nos partidos abertamente burguesas e direitistas. Não se trata, também, de um ato isolado. Há, no país, neste momento, uma ampla ofensiva da direita, com apoio declarado das organizações fascistas nacionais, contra as mulheres, com a tentativa de atropelar a Constituição Nacional, com ações em várias cidades do país, marchas, passeatas, das quais, inclusive, participa a figura de proa do Psol, Heloísa Helena. A ofensiva direitista, que conta também com o significativo apoio de Lula, incluiu a proibição da distribuição de preservativos no Dia Mundial de Combate à AIDS, à proibição da distribuição da pílula do dia seguinte no carnaval de Olinda (PE) e mais recentemente ao absurdo indiciamento de 10 mil mulheres no Mato Grosso do Sul, acusadas do inexistente “crime de aborto”. Isto no terreno apenas dos ataques aos direitos das mulheres. Na política nacional, a direita partiu para o extermínio da população pobre das favelas, dos sem-terra, e da generalização da censura e do fim de direitos democráticos básicos. Há, como denuncia o próprio MST, atrelado ao governo Lula, uma ofensiva reacionária no campo, onde os latifundiários estão retomando a bala inúmeros lotes de terra ocupados pelos camponeses sem-terra. Contra esses ataques da Igreja e da direita brasileira não se ouviu, nem se ouvirá, sequer uma palavra de Heloísa Helena e seus seguidores. Esta ofensiva, da qual o PSol é não apenas apoiador, mas parte ativa, é uma tentativa de criar uma caça às bruxas, que se inicia com uma campanha de fundo moral, como a “defesa da vida”, contra os direitos democráticos da mulheres, o “combate ao crime”, contra os direitos democráticos da população mais pobre do país, entre outros, e termina com a infelizmente bem conhecida ditadura militar de cunho fascista. A burguesia sabe que o verdadeiro significado da crise capitalista mundial é o acirramento da luta de classes. Por isso, se antecipa aos acontecimentos para pressionar a classe operária, o campesinato, a juventude, as mulheres e todo o povo oprimido e explorado. Nesse quadro, a frente popular presta um enorme serviço à burguesia e à direita, acobertando com uma aparência de “esquerda”, de um suposto governo “progressista”, a ofensiva da direita, como se vê em todos os casos. O mesmo papel cumpre a “frente popular de segunda linha” que é a “Frente de Esquerda” formada pelo Psol e pelo PSTU, com todos os seus penduricalhos eleitoreiros, como Conlutas e Intersindical, que tem, não apenas como figura de proa, mas como verdadeiro eixo político a figura da ex-senadora Heloísa Helena. A esquerda lançou uma política oportunista ao extremo, sinal da crise. Utilizaram uma conhecida figura burguesa, e apoiada pela direita, ligada à cúpula católica, como eixo da sua política na atual situação. Essa política é decorrente da profunda integração desta esquerda, inclusive nos sindicatos, ao Estado burguês e ao parlamentarismo burguês. As organizações que se consideram oposição ao governo Lula e à frente popular, que combatem a direita e lutam pelos direitos democráticos das mulheres e do povo, têm a obrigação de denunciar esta fraude monstruosa contra o movimento operário e popular no Brasil.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A extensão do foralismo na Espanha

La extensión del foralismo en España Rothbard afirma que la creación del Estado-nación moderno surgió de la conquista "imperial" a través de la centralización de los poderes que ostentaban las nacionalidades periféricas. Así, resulta absurdo pensar que el Estado es poseedor de todo su ámbito geográfico en la misma medida en que un individuo es propietario de su cuerpo y bienes materiales. Según Rothbard, resulta del todo insostenible defender la proclamación del Estado como propietario absoluto, en todo tiempo y lugar, del espacio físico sobre el que se asienta esgrimiendo el concepto de "integridad territorial", ya que tal radio de influencia ha sido adquirido, bien mediante el ejercicio de la fuerza, bien mediante acuerdos voluntarios que bien podrían ser rescindidos. De este modo, en su trabajo Naciones por consentimiento. Descomponiendo el Estado-Nación, retoma la teoría del consentimiento del poder emprendida por Juan de Mariana. Rothbard concluye que no todas las fronteras comprendidas bajo el Estado-nación son justas. Sólo será legítimo en la medida en que dichas naciones se adhieran a esa mayor entidad bajo su libre consentimiento. Es más, cada nacionalidad, entendida ésta como masa social perteneciente a una misma cultura o valores, debería ser libre de adherirse o secesionarse de cualquier Estado-nación de forma voluntaria mediante libres acuerdos. Así, los escoceses, según Rothbard, deberían poder separarse de Reino Unido para ser independientes e, incluso, crear una nueva entidad junto a otras naciones a modo de Confederación Céltica. Aquí radica la teoría del libre consentimiento. Por otro lado, Rothbard asegura que un mayor número de nuevas naciones, de tamaño por tanto más reducido, puede incluso favorecer el desarrollo del libre mercado. A modo de ejemplo, imagínense que cada provincia, vecindario o bloque de edificios imprimiese su propio papel moneda. Esto haría más evidente aún la ineficacia del dinero fiduciario por vía forzosa. Por el contrario, un mundo más descentralizado haría mucho más atractivo el valor de una moneda basada en el oro o la plata. De hecho, el modelo anarcocapitalista de Rothbard, centrado en la privatización total de calles, distritos y vecindarios (en manos de personas o agencias) discurre, como es lógico, por la senda de la mayor descentralización administrativa posible, de modo que un poder político fuerte y centralizado sería del todo inviable. De este modo, la descentralización ha de ser entendida como una vía realista y cierta para la consecución de una mayor libertad individual, ya que el poder estatal quedaría contrarrestado a través de la competencia administrativa proveniente de otras entidades políticas en competencia directa. ¿Pero se traduce de algún modo esto en la práctica? Bien, echemos un vistazo al índice de libertad económica que elabora anualmente la Fundación Heritage, que analiza 157 países de todo el mundo. En la edición de 2008, recientemente publicada, observamos que los modelos federalistas y secesionistas ocupan los primeros puestos de la tabla. El ranking lo lidera nuevamente Hong Kong, que formalmente se constituye como República Administrativa Especial de la República Popular China, tras su descolonización por el Reino Unido en 1997. Le sigue Singapur que, durante la II Guerra Mundial cayó bajo el dominio del Imperio Japonés. Posteriormente, en la década de los 60 se constituye como república independiente tras secesionarse de la Federación de Malasia. El tercer puesto es ocupado por Irlanda, constituido como país independiente del Reino Unido en la primera mitad del siglo XX. Mientras que el cuarto y quinto puesto son ocupados por Australia y EE.UU, respectivamente, ambos con sistemas políticos federales. Es más, el modelo federal de Canadá (puesto 7) y el cantonés de Suiza (9), superan incluso en libertad económica a la avanzada economía liberal de Reino Unido. Letonia, una república ex soviética alcanza el puesto 12. Todo un avance si tenemos en cuenta que hace menos de 20 años sufría el yugo impuesto por Moscú. También cabe destacar las posiciones que ocupan los denominados paraísos fiscales. Pequeñas entidades políticas que aprovechan su autonomía tributaria para atraer un gran volumen de capitales que, a su vez, redunda en el bienestar económico de sus ciudadanos: es el caso de Luxemburgo (15), Islas Mauricio (18), Barbados (21), Chipre (22) o Bahamas (24), por poner algunos ejemplos. Todos ellos por delante de España, que se sitúa en el puesto 31 del ranking. Por el contrario, los países comunistas, de poder gubernamental fuertemente concentrado en pocas manos, reflejan la ausencia total de libertad individual y pobreza económica. Así, los últimos puestos de la tabla corresponden a Corea del Norte, Cuba y Zimbabwe. Otros casos preocupantes son los de Venezuela (148) y Bolivia (123), cuya regresión en el índice es creciente, y cuyos gobiernos comunistas pugnan en la actualidad por borrar del mapa todo atisbo de autonomía regional en sus respectivos países. ¿Casualidad? Lo dudo. En la actualidad, el sistema político español está viviendo un proceso de transformación y profundo cambio que, en la práctica, modifica de forma sustancial el funcionamiento del Estado. En esencia, España avanza hacia el federalismo de modo irreversible. En la actualidad, las comunidades autónomas ingresan un 33% del IRPF, un 35% de IVA y un 40% de Impuestos Especiales. Pero la reforma del modelo de financiación autonómico, aún por negociar, incrementará dicha participación en los impuestos estatales, al hilo de la senda marcada por el Estatut catalán. Los tramos se elevarán al 50% del IRPF y de IVA y al 58% de los Especiales. Las comunidades autónomas gestionan ya más recursos que el propio Estado en materia de gasto. Así, el gasto público regional, en cuanto a operaciones no financieras, aumentará de media un 6,03% en 2008, hasta alcanzar los 164.396 millones de euros. Esto supone un 7,76% más que el gasto que contempla los Presupuestos Generales del Estado (PGE) para el presente ejercicio: 152.560 millones. Sin, duda, alguno dirá que tal proceso también se está traduciendo en una regresión de las libertades individuales y en el auge de nuevas trabas administrativas y fiscales al libre mercado en ciertas comunidades autónomas. Y no les falta razón. Sin embargo, observo más oportunidades que desventajas. La descentralización conlleva el auge de entidades administrativas con capacidad autónoma, aunque de momento limitada, para establecer sus propios marcos y normas regulatorias dentro del propio Estado nacional, fomentando con ello la competencia fiscal y económica entre los diversos territorios que lo constituyen y, al mismo tiempo, dificultando, en gran medida, el intervencionismo homogeneizador del Gobierno central. Ya en 2007, podíamos observar las siguientes diferencias fiscales en función de la residencia del contribuyente. Por poner un ejemplo, una familia integrada por dos cónyuges, una hija de cuatro años y un hijo de ocho meses, con unas rentas medias inferiores a 43.000 euros y con una hipoteca pagarían en Madrid 2.418 euros en IRPF frente a los 3.240 de Asturias o Aragón, según un estudio del Registro de Economistas y Asesores Fiscales. Debido en parte a las deducciones aplicadas en cada territorio. Pero esto tan sólo es el inicio. El proceso de creciente diferenciación tributaria, avanza más allá, mediante la eliminación de algunas figuras fiscales ciertamente gravosas. A este respecto, destaca la Comunidad de Madrid como referente obligado para el resto de regiones a la hora de fijar sus respectivas políticas fiscales. Desde su llegada al poder en 2003, la presidenta regional Esperanza Aguirre ha provocado un efecto arrastre en la eliminación de determinados impuestos. Y es que Madrid ha originado una competencia fiscal a nivel regional que, lejos de detenerse, tiene visos de avanzar con fuerza a la vista de los resultados obtenidos. Desde hace algo más de dos años, el Impuesto de Sucesiones y Donaciones goza de una bonificación del 99% en Madrid. Si no se ha suprimido es porque tal competencia pertenece al Estado al tratarse de un impuesto cedido. Su implantación ha generado un aumento sustancial de este tipo de transmisiones en Madrid. Las autonomías populares ya contemplan la puesta en marcha de esta misma medida. Esto ha obligado a que los gobiernos regionales del PSOE aboguen por su eliminación (Castilla-La Mancha) o barajen reducciones importantes, con el fin de no perder competitividad frente a las ventajas tributarias del resto. A finales del pasado año el Ejecutivo madrileño anunció una "drástica" rebaja de tipos en el Impuesto de Patrimonio (IP). Aguirre situó el máximo en el 1,5% a partir del 1 de enero, mientras que en el resto del Estado se mantendrá en el 2,5%, al tiempo que redujo de ocho a seis los tramos de este tributo, que grava la riqueza de los contribuyentes. Sin embargo, el objetivo último del Gobierno regional consiste en dejar inoperativa esta carga fiscal a partir de 2010, mediante exenciones de hasta el 99%, tal y como anunció la presidenta madrileña en su discurso de investidura del pasado mes de junio. Las reacciones a esta iniciativa no se han hecho esperar a nivel político: el propio PSOE ha anunciado la eliminación del IP en toda España, contradiciendo su supuesta ideología progresista. Hasta el momento, tan sólo Cantabria, Canarias, Cataluña, Galicia y Extremadura habían elevado en diferente grado, el mínimo exento de cotización, pero sin llegar a aplicar rebajas de tipos. Sin embargo, Madrid se ha convertido en un ejemplo a seguir para las comunidades gobernadas por el PP, ya que se muestran dispuestas a avanzar por la senda de las reducciones fiscales que marca Aguirre: Valencia, Murcia, La Rioja Castilla y León o Canarias –tras el pacto entre PP y CC– anunciaron el pasado año la supresión de esta carga para los contribuyentes con patrimonios bajos y medios, entre diversas deducciones impositivas. Ante este proceso, resultó sorprendente la respuesta del consejero de Economía de la Generalitat que, contradiciendo su tradicional discurso sobre la defensa de la autonomía fiscal, abogaba por la intervención del Estado para que estableciera un umbral mínimo ante las rebajas "desleales" de Madrid y, sobre todo, Valencia. Y es que, en los últimos años, se viene presenciando un creciente trasvase de capital, sedes empresariales y registros de residencia entre comunidades autónomas que responde estrictamente a motivos fiscales (es el denominado voto con los pies). Así pues, ya no es algo exclusivo de Navarra y País Vasco (territorios forales) que, por cierto, lideraron nuevamente en 2007 todos los indicadores económicos de bienestar, riqueza y renta per cápita del país. En concreto, según los últimos datos oficiales, los vascos disponen de una PIB per cápita de 30.600 euros, duplicando casi la de los extremeños y andaluces. Le siguen Madrid (29.900) y Navarra (29.500). Por el contrario, Andalucía, Extremadura y Castilla-La Mancha, receptores netos de los recursos tributarios de las comunidades autónomas más ricas, siguen ocupando los puestos de cola en este ámbito. Su PIB per cápita sigue siendo inferior al 80% del PIB per cápita medio español (situado en 23.396 euros). De hecho, la diferencia entre regiones ricas y pobres se ha ampliado el pasado año, poniendo en evidencia algo que la Escuela Austriaca viene demostrando desde sus inicios: la redistribución de los recursos no genera en ningún caso riqueza ni capital, tan sólo dependencia e ineficiencias económicas. En este sentido, el sistema de financiación autonómica regional gira sobre el eje del controvertido concepto de "solidaridad interterritorial". Pero de solidaridad nada de nada. Se trata de una mera imposición estatal basada en la transferencia bruta del capital usurpado a los contribuyentes de las comunidades autónomas más ricas a favor de las más pobres. Este sistema tan sólo ha generado una amplia red pública de subvenciones y clientelas políticas a favor de determinados colectivos (véase mineros, agricultores o empresas públicas autonómicas, por citar tan sólo algunos ejemplos) que en nada ha contribuido al desarrollo de sus respectivas economías. Además, los criterios de reparto dependen más del equilibrio de fuerzas políticas (juego de alianzas democráticas) propio de lo partidos que de las necesidades reales de financiación pública. De hecho, tal y como reflejan los últimos datos de la Contabilidad Regional Nacional del INE, la brecha del PIB per cápita entre ricos y pobres (vascos y extremeños) se acentúa. El Fondo de Suficiencia prevé el reparto de 33.648 millones de euros en 2008, entre todas las autonomías de régimen común. Pero, ¿cómo se distribuye el pastel? Según un informe del Servicio de Estudios del BBVA, Madrid es la comunidad autónoma que más aporta al conjunto del Estado, con una media de 12.304 millones de euros durante el periodo comprendido entre 1991 y 2005, duplicando la contribución de Cataluña (6.934 millones), segunda autonomía que más aporta al sistema de solidaridad. Dicha cuantía equivale a la diferencia que existe entre los recursos aportados al erario público por los contribuyentes de cada región en comparación con las prestaciones recibidas de la Administración Pública Central en esta etapa. Así, la Comunidad de Madrid se sitúa como el principal contribuyente neto del sistema de solidaridad interterritorial existente en España, seguido de Cataluña, Baleares, con un saldo negativo de 770 millones de euros, y la Comunidad Valenciana, cuyo déficit fiscal alcanza los 228 millones. Los resultados del informe reflejan que el sistema de reparto mantiene, en general, (a excepción del caso particular de las regiones forales), la lógica que inspira el principio de solidaridad interterritorial: las regiones con más recursos (Madrid y Cataluña concentran cerca del 40% del PIB nacional) deben aportar más dinero (impuestos), para favorecer a las más pobres. Las autonomías que son beneficiarias netas del sistema son Andalucía, con una balanza fiscal positiva de 10.237 millones de euros, seguida de Galicia, Castilla y León, Castilla-La Mancha, Canarias y Extremadura, cuyos saldos se sitúan entre los 4.000 y los 2.000 millones. Con dicho modelo, el saldo negativo de Cataluña con respecto a su PIB se eleva hasta el 5,2% (en Madrid se eleva al 10,18%). Así, atendiendo a los ingresos imputados, es decir, a las cargas impositivas que nutren las arcas del Estado, las comunidades que más contribuyen a financiar la Administración Central son Madrid y Cataluña, con una aportación media per cápita de 7.826 y 6.754 euros, respectivamente, entre 1991 y 2005. Por el contrario, Navarra, Canarias, Extremadura y País Vasco son las que menos aportan, con una contribución media por habitante inferior a los 4.000 euros. Y eso que tanto Navarra como el País Vasco, que gozan de regímenes forales, lideran el nivel de riqueza per cápita nacional. De hecho, en términos de balanza fiscal, el saldo de Navarra arroja una aportación estatal extra de 584 euros per cápita, mientras que en el País Vasco se eleva hasta los 792 euros. Así pues, la descentralización política y administrativa, que tantos insisten en criticar, lejos de suponer un peligro o riesgo, acentúa dos esferas básicas de la praxis política. Por un lado, la autoridad de los gobiernos locales y regionales, lo cual implica el acercamiento de la administración a los ciudadanos, en términos de eficiencia, accesibilidad y comprensión. Pero también, en cuanto a la posibilidad de ejercer un control más férreo y directo de la gestión pública por parte de los individuos, ya que la decisión de aumentar impuestos es mucho más perceptible. Por otro, al competir más estrechamente, con entes descentralizados similares, el Gobierno regional pondrá énfasis y esfuerzo en el desarrollo y mantenimiento de políticas públicas claramente tendentes a mejorar los niveles de desarrollo y crecimiento económico puesto que, de no seguir tal dinámica, su población emigraría a contextos más favorables para sus intereses particulares, votando con los pies. Tal argumentación teórica ya está demostrando algunos de sus efectos: el impuesto de sucesiones y donaciones, en manos de las autonomías, tiende a desaparecer; algunos gobiernos, como el de Madrid, ha anunciado rebajas tributarias notables en las rentas individuales, mientras que otras, como el País Vasco o Navarra, aspiran a bajar aún más el impuesto de Sociedades. La España de las Autonomías ofrece así un escenario político favorable para el desarrollo y puesta en práctica de medidas liberales... Y todo ello, gracias a un principio económico básico: la libre competencia. Sólo que, en este caso, no se aplica sobre empresas o individuos, sino sobre entes administrativos, cuyo fin, no olvidemos, es igual al del resto: la mayor obtención de beneficios (impuestos) a través de la captación de clientes (contribuyentes). Luxemburgo, Mónaco, Irlanda, Andorra o Gibraltar constituyen hoy en día claros ejemplos de las premisas aquí expuestas. A pesar de todo, cabe recordar también que la tan recurrente redistribución económica, igualmente aplicable al mercado interterritorial (Fondo de Suficiencia, subvenciones de la UE, etc.) configura un marco de competencia desleal y elevada intervención política que, sin duda, desvirtúa en gran medida los numerosos logros y avances propios de la descentralización administrativa que propugna y defiende el pensamiento liberal. Por ello, se hace necesaria la eliminación de este sistema de redistribución interterritorial de ingresos fiscales. Autores austríacos de la talla de Rothbard, Hans Hermann Hoppe, el español López Amo o el propio Huerta de Soto han avanzado en la línea de la defensa de la descentralización política. Un ámbito en el que España se ha convertido en referente internacional a lo largo de los últimos años. Sin embargo, aún queda mucho por avanzar. Desde mi punto de vista, asistimos a una oportunidad histórica para el tránsito del estado autonómico a un estado federal. Y más aún, para la posible consolidación en el futuro de un modelo netamente foral (ya sea de regiones o de provincias) en el que las distintas comunidades administrativas dispongan de plena autonomía tributaria bajo el principio de libre consentimiento. De este modo, se abre una puerta a la configuración de un Estado central mínimo que se alimentaría de las aportaciones voluntarias de cada entidad política, bajo la férrea y cercana supervisión de sus respectivos contribuyentes. Manuel Llamas - liberal espanhol

domingo, 20 de abril de 2008

Eleições italianas

Case nunca teve a insalubre alguém quiser votar Alemanno em Roma para o escrutínio ... Carlo Gariglio - Segr. Nat. MFL Abril 4. (Adnkronos) - Ontem à noite, o candidato a prefeito da cidade de Roma, Gianni Alemanno, e os candidatos do município presidente, Laura Marsilio, encontraram-se com as comunidades "Judeu Roma. Na reunião, que foi "realizado na sinagoga da capital, foi assistido pelos mais altos representantes da comunidade 'liderada pelo Chefe do rabino Riccardo Di Segni, e os dois vice-presidentes, Riccardo Pacifici e Roberto Cohen. Mesmo candidatos para o município Vito Kahlun e Emanuele Calo '. Sim e 'sido um cordial e amistosa reunião durante a qual Alemanno e Marsilio poderia explicar seu manifesto eleitoral. Em particular, o prefeito candidato tem "comprometeu-se a realizar a implementação do Museu do Holocausto, que atualmente tem abrandado. Devido à sua importância, o projecto, que teve o consenso de toda a Câmara Municipal, merece uma medida específica e não a sua inclusão na proposta urbanas complexas esse risco, como aconteceu com a bloquear a execução. Alemanno também garantida igual se não maior atenção aos esforços do Município de Memória projeto, que levou, nos últimos anos centenas de estudantes para visitar o campo de Auschwitz Romany juntamente com sobreviventes da Shoah.

sábado, 12 de abril de 2008

Em Defesa pela Amazônia

EM DEFESA DA AMAZÔNIA

O Movimento Em Defesa da Economia Nacional – Modecon, que tem como patrono Barbosa Lima Sobrinho, preocupado com as crescentes ameaças que pairam sobre a Amazônia, nosso grande patrimônio cientifico, politípico,econômico e cultural,vem a público, para conclamar todos os Brasileiros, individualmente ou por suas associações e entidades representativas, a participar do Movimento Em Defesa da Amazônia.

Já constitui um lugar-comum denunciar a incessante cobiça internacional. Sobre o nosso maior e mais rico patrimônio. Não obstante, pouco tem sido feito Para impor uma efetiva soberania nacional na região. Inúmeros são os perigos que pesam sobre a Amazônia e, em conseqüência, sobre nosso país: ao desmatamento irresponsável,decorrente da exploração madeireira predatória associada à agropecuária, e a seus efeitos imprevisíveis sobre o clima,somam-se a bio e a hidropirataria , o garimpo ilegal, a poluição das águas, o contrabando, a infiltração de entidades subvencionadas por governos estrangeiros, a incessante grilagem com decorrentes expulsão e violência contra populações tradicionais, a degradação das condições de vida nas periferias das grandes cidades, o desemprego massivo, o trabalho escravo, o crescimento dos bolsões de pobreza, a transformação das florestas em pastagens, o empobrecimento e a erosão do solo, a falta de investimento na pesquisa da nossa biodiversidade, o sucateamento das Forças Armadas, a demarcação de gigantescas reservas indígenas em áreas de fronteira e sobre ricas jazidas minerais, a que a ONU já deseja impedir o acesso de brasileiros, e todo o cortejo de outros riscos _ tudo isso em favor de grupos, nacionais e estrangeiros, totalmente descompromissados com o desenvolvimento das populações locais e do país como um todo.

A Amazônia não pode ficar refém de uma “lógica de mercado” que considera o boi mais importante do que o homem e a floresta e que, ignorando as peculiaridades da região , a vê apenas como um tesouro a ser pilhado pelos centros hegemônicos do capital,situados no sudeste do país ou no exterior.Esta é uma das causas de sua posição periférica na economia e no desenvolvimento nacionais, flagrante contraste com suas incomensuráveis riquezas.

Diante do exposto, julgamos chegada a hora de deflagrar um grande movimento em DEFESA DA AMAZÔNIA, para o qual convocamos todos os brasileiros, acima de distinções político-partidárias e de diferenças de classe. É preciso unirmo-nos todos,civis e militares, ambientalistas, estudantes e intelectuais; industriais ,comerciantes, cientistas, pesquisadores e profissionais liberais, bem como suas entidades representativas; representantes da sociedade civil organizada;movimentos indígenas; populações ribeirinhas, trabalhadores rurais e urbanos; e igrejas de uma maneira geral.

AMAZÔNIAPARAOSBRASILEIROS!

DESENVOLVIMENTO,SIM, MAS EM BENEFÍCIO DOS AMAZÔNIDAS E DA NAÇÃO BRASILEIRA!

É HORA DE AGIR! A AMAZÔNIA TEM PRESSA!

Adesões:

MODECON - Movimento Em Defesa da Economia Nacional

Rua Araújo Porto Alegre,71 – 7º andar

modecon@globo.com

Atenção! Grande ato público de lançamento do:

MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DA AMAZÔNIA ,

no dia 28 de abril de 2008, no auditório da Associação Brasileira

de Imprensa – ABI, na Rua Araújo Porto Alegre,71 – 9º andar,

centro , Rio de Janeiro,RJ, a partir das 17horas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Espanha: democracia, eleições, liberdade e política exterior

Texto em espanhol que me mandaram por e-mail: De la observación de los resultados electorales en España durante el Siglo XX se sacan dos conclusiones:
Los partidos de derechas y los liberales (de izq. o der.) siempre tienden a aumentar en votos, tanto en la II República como en la Monarquía.
Así, ya en las segundas elecciones de la República, las primeras con Sufragio Universal (masculino y femenino) fueron ganadas por la CEDA. Con la Monarquía, la der. ganó en el 77 y el 79, y tras la victoria del PSOE, los distintos partidos liberales y de der. fueron subiendo en votos. En 2008 la suma de votos de PP y UPyD implica un aumento considerable frente a los del PP del 2004.
En Democracia, con elecciones, la derecha y los liberales siempre aumentan en votos, siempre (Existen multitud de ttópicos falsos: la juventud es de izquierda... Madrid es la región má jovende españa, en edad de sus habitantes... y gana el PP)
Pues bien, la Izquierda marxista o post-marsista pero de raíz marxista (M/PM)también ha gobernado. Como puede ser si el conjunto de liberales y derecha siempre aumenta en votos?
El M/PM sólo ha ganado las elecciones tras momentos de agitación-propaganda (agitpro) Asturias34/elecciones 36, 23F/victoria del PSOE, 11M/ZP.
Tras la victoria del M/PM, éste va perdiendo votos, mientras que la derecha y liberales van ganando apoyo (Vease el ascenso de AP/PP durante el felipismo, o, los resultados antes citados de PP y UyPD.
La derecha y los liberales, en Democracia, gobiernen o no, siempre van ganando terreno. A mi entender se debe a las dos ideas que defienden por encima de todo lo demás: España y la Libertad. Por se un avance sobre la difusión de las ideas, sobre el "padecer" de los ciudadnos, día a día, al M/PM, es un proceso continuo, en aumento, aunque lento. Frente a este "lento",
el M/PM vence tras el agitpro, lo que explica los cambios "radicales" en la intención de voto en 36, 82 y 04, y luego no puede sino limitarse a frenar el natural aumento de derecha y liberales.
Quien quiera hacer una gráfica verá el punto de inflexión radical tras el 34, el 81 y el 04. Aunque es fácil representarla mentalmente.
Como aclaración he de decir que yo creo que el 23F varios militares de extrema derecha actuaron "inducidos" (y engañados) por el sistema, por su Alteza y los servicios secretos, con el fin de crear la reacción consiguiente, la victoria del PSOE. Salió perfecto.
De ahí que en otro email dijese que "está todo atado y bien atado". Franco puso al Rey, y la elite política se supedita a él. Él manda, no hay duda. El impuso a Aznar, ni más ni menos que al Ministro de Defensa, a Serra. No olvidemos el grado militar del Rey.
El mantiene a los nazionalistas, así, los españoles, enzarzados en un tema que creo esta´ríamos de acuerdo (que en Democracia cabemos todos o no es Democracia, PERO los terroristas sobran ya) seguimos con la ETA para arriba y para abajo y no planteamos una reforma hacia una verdadera democracia, hacia la República de España.
Pues bien, o en Democracia liberales y derecha vuelven al poder, o esto saltará por los aires. Y en ese caso, o hay una alternativa republicana seria, nacional, para suplir el actual régimen (pues el Rey no puede salir indemne de esta farsa, su farsa) o los nazis, mantenidos por el interes del sistema, obtendrán finalmente sus taifas.
Además, debemos sopesar la situación de Ceuta y Melilla, y la amistad de su Majestad con Mohame, a pesar del paripé de la visita a Ceuta y Melilla, fruto de la alianza Corona-ZP ante las elecciones pasadas.
En España no hay Democracia, no hay separación de poderes. (No voté a UPyD, pero Doña Rosa estuvo sublime) Hay una Nación, y la República es su única vía hacia la Libertad.

domingo, 6 de abril de 2008

Comoção Nacional x Planalto Central

Frente Integralista Brasileira
Honra - Lealdade - Disciplina - Hierarquia
Fora do Integralismo não há Nacionalismo
Comoção Nacional x Planalto Central Editorial do Tesoureiro Nacional
José Carlos Basile
Longe da insensibilidade a um caso grave de violência contra uma criança, este editorial vem fazer um questionamento à sociedade:
A repercussão do caso Isabella está ocupando 90% dos noticiários desde o primeiro momento em que veio a público.
Ao mesmo tempo a CPI dos Cartões Corporativos estava sendo enterrada, juntamente com a CPMI no Senado.
Dilma Rousseff está sendo blindada no caso da criação do dossiê das contas do ex-presidente FHC, ou por conta do vazamento das informações contidas em tal dossiê.
Os sindicatos sem fiscalização de suas contas pelo TCU, institucionalizando a roubalheira, o desvio e o financiamento escuso de atos terroristas.
A (ex) terrorista Nancy Mangabeira Unger (irmã do ministro-chefe da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, Roberto), recebe no dia da Mulher, R$ 100.000,00 dos cofres públicos a título de indenização moral por ter sido presa por sua participação no assassinato do Tenente da FAB, Matheus Levino dos Santos em 26/06/1970.
Distante no tempo, o caso do menino João Hélio Fernandes, arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro por delinqüentes, frutos da inoperância do Estado, teve a mesma repercussão e ocorreu em época política semelhante.
São crimes diferentes, mas a forma de noticiar é a mesma, independente da mídia e do canal de notícias, a impressão que se tem é que todos falam ou seguem o mesmo “script”.
Por que usar tanto tempo na mídia televisiva, por exemplo, para expor o caso, enquanto outras coisas que se referem à vida de tantos outros milhões de Brasileiros são postas de lado, “esquecidas”.
Tenho a certeza de que os familiares destas crianças não gostariam de ter seus rostos estampados nas capas das revistas nesta condição: mortos. Tenho até a certeza de que prefeririam que tal nunca tivesse ocorrido (a exposição).
Por este motivo este artigo não é insensível. Sou pai de uma menina, Isadora, que no próximo mês completa 6 anos, também sou separado e atualmente casado com outra mulher, porém, não tenho a preocupação da segurança pois ambas se adoram.
Preocupo-me é com o meu país. Com o aviltamento que essa corja de (ex) terroristas que aí estão no poder vem conduzindo, preparando-se para tornar nossa Pátria em vermelho. Vermelho marxista. Vermelho stalinista. Vermelho sangue de nossos compatriotas.
Peço que despertem desse transe televisivo e conscientizem-se do que acontece o tempo todo no Planalto Central. É lá que são originados todos os crimes bárbaros que chocam as pessoas, todos os dias. Crimes como o descaso com a população carioca e a dengue. Crimes como a pena de morte informal do tráfico de drogas, de armas e, por que não dizer, do tráfico de influências, que já fez vítimas como o Petista Celso Daniel, obrigando sua família a se exilar.
Exílio é sinônimo de Ditadura !
A ditadura do proletariado (falado com a língua presa entre os dentes).

sábado, 5 de abril de 2008

O que será do futuro dos sitios arqueológicos?

SOB A ÉGIDE DA "ENERGIA LIMPA"  EÓLICAS IMPACTARÃO O MEIO AMBIENTE E
DESTRUIRÃO SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS MILENARES
 
Durante realização de prospecção arqueológica de superfície na área
destinada à construção de 3 (três) usinas eólicas da empresa Bons
Ventos, localizadas no município de Aracati, entre a praia de Canoa
Quebrada e a localidade do Cumbe, descobrimos 71 ocorrências
arqueológicas, entre 53 sítios arqueológicos e 19 áreas vestigiais.
Esta quantidade pode ser superior tendo em vista que este trabalho foi
realizado no primeiro semestre quando os ventos são mais brandos na
costa cearense. Um diagnóstico realizado na segunda metade do ano
poderá duplicar a quantidade de sítios, tendo em vista que sob a ação
dos alísios de SE, que remobilizam um volume maior de areia, sempre
novos sítios são descobertos, conforme tivemos oportunidade de
observar em outros trechos do litoral oeste.
As evidências atestam uma longa ocupação da zona estuarina do
Jaguaribe, nosso principal recurso hídrico, iniciada por volta de
5000/6000 AP (Antes do Presente) quando a retomada paulatina da
tropicalização na área litorânea transformou áreas inóspitas em
ambientes privilegiados de ocupação. As ocupações dos arcaicos
marisqueiros deste período inicial foram seguidas por ocupações de
grupos ceramistas Tupi e Tapuias e, em momentos mais recentes, por
instalações dos séculos XVIII e XIX. A diversidade verificada na
cultura material atesta a confluência de etnias distintas que
certamente disputavam os melhores sítios de coleta de moluscos e
outros recursos marinhos.
Em virtude da expressiva quantidade de sítios detectada no local e da
grande diversidade de vestígios, representada por adornos, fusos,
pesos utilizados na atividade de pesca, vasilhas cerâmicas,
instrumentos lascados, cachimbos, lâminas de machado polido, estes
últimos só encontrados de forma descontextualizada em museus
cearenses, nosso diagnóstico foi desfavorável à construção de qualquer
empreendimento no local solicitando que a área fosse destinada a
pesquisas acadêmicas sistemáticas.
Hoje nos preocupa o fato de que todo o litoral cearense, repleto de
sítios arqueológicos em seus 573 quilômetros , esteja mapeado em
vários pontos da sua extensão por empresas de energia eólica que sob a
égide da "energia limpa" provocarão a destruição de sítios
arqueológicos milenares.
Preocupa-nos também o fato de que, apesar do grande número de áreas
arqueológicas já identificadas no Ceará, as pesquisas ainda sejam
bastante incipientes, diferentemente do que ocorre em todos os outros
estados do Brasil. Com isso, os vestígios deixados pelos antigos
habitantes do território relacionado ao atual ainda não foram objeto
de investigações contínuas por meio de elaboração de teses. Tal
problemática tem a ver em grande escala com a falta de interesse das
universidades públicas do Ceará (UFC, UECE, URCA, UVA) para com as
pesquisas arqueológicas, que sendo uma atividade exclusivamente
científica deve ser gerenciada pelas universidades e não por empresas
particulares.
Desta forma, entendemos que os trabalhos de arqueologia no Ceará não
podem restringir-se às intervenções emergenciais da arqueologia de
salvamento, impondo-se a necessidade urgente de pesquisas
arqueológicas acadêmicas para que tenhamos um maior aproveitamento das
informações obtidas por meio de pesquisas que se estendam por um
período mais longo. Como não contamos com pesquisas arqueológicas
acadêmicas, a arqueologia cearense está entregue tão somente à
arqueologia de salvamento. O nosso receio neste momento é que muitas
informações sejam perdidas antes que tenhamos oportunidade de
sistematizar estes estudos face às exigências dos grandes
empreendimentos.
Posicionando-nos também contra o empreendimento das eólicas de
Aracati, tendo em vista que o tempo necessário ao salvamento dos
sítios arqueológicos seria inconciliável com os prazos propostos pelo
empreendedores que pretendem entregar a obra em dezembro de 2008,
inviabilizando qualquer atividade preliminar nos sítios antes da
chegada das máquinas. Neste caso, seríamos obrigados tão somente a
trabalhar em concomitância com a obra, procedimento este que seria
desastroso para a salvaguarda do patrimônio arqueológico local.
Convém lembrar que em arqueologia de salvamento é comum proceder ao
acompanhamento da obra para verificar a presença de vestígios em
profundidade, porém em empreendimentos eólicos este procedimento é
inviável, tendo em vista que as máquinas abrem verdadeiras crateras em
áreas de sedimentos não consolidados (dunas). Isto não permite a
visualização das estruturas e vestígios por parte do arqueólogo e por
outro lado põe em risco a segurança do mesmo. Este aspecto é
fundamental para lembrarmos a necessidade de estudos anteriores à
construção de um empreendimento desta natureza.
O IPHAN do Ceará e de Brasília, representados pelos técnicos Olga
Paiva e Rogério Dias, inclusive não aptos a dar um parecer
arqueológico, tendo em vista não possuírem formação na área,
desconsideraram nosso diagnóstico com receio de serem chamados para
prestar contas com a Casa Civil da ministra atualmente posta na
berlinda e oportunizaram a entrada de uma equipe na área para proceder
apressadamente ao resgate arqueológico dos sítios, sem antes abrir uma
discussão mais ampla sobre os nossos resultados. Discussão esta que
deveria envolver a nossa equipe, um arqueólogo do IPHAN e outras
instituições acadêmicas com tradição em arqueologia, como a USP e a
UFPE, por exemplo, além das universidades locais e o Ministério
Público, pois afinal de contas, as descobertas nos colocaram diante de
uma situação excepcional, tendo em vista o significativo potencial da
área e o grande impacto de construção deste empreendimento,
erroneamente compreendido como mínimo.
Ampliando a nossa visão, entendemos também ser imperativa e
emergencial uma ampla discussão acerca do impacto ambiental gerado
pela construção das eólicas em áreas de preservação permanente (dunas
e restingas – Resolução Conama 303/2002) vedadas ao uso econômico e
caracterizadas pela intocabilidade (Resolução Conama 369/2006).
A construção provocará impacto aos campos de dunas móveis da região,
um dos mais expressivos do Estado, fundamentais na dinâmica da zona
costeira e no controle dos processos erosivos (Resolução Conama
341/2003).
No mais, a execução do empreendimento interferirá drasticamente na
excepcional beleza cênica e paisagística das dunas do Cumbe, Barra do
Aracati e Canoa Quebrada com a alocação de 67 aerogeradores
(cataventos).
No tocante aos aspectos arqueológicos, vale lembrar ainda que o IPHAN
recebeu um Plano de Resgate dos Sítios Arqueológicos elaborado pelo
arqueólogo Walter Morales sem que ele e a sua equipe tivesse estado na
área para visualizar as ocorrências, compreender a natureza dos
processos de deposição e pós-deposição ali evidenciados, da
distribuição espacial das ocorrências, para propor um cronograma e uma
metodologia adequada. Da mesma forma, sem ter ainda postos os pés no
local, a equipe teve um orçamento aprovado pela empresa responsável
pelo empreendimento.
O que nos impressiona é que quando se é contratado por empresas
públicas ou privadas para execução de trabalhos, uma das exigências
primordiais, inclusive listada em editais, é que o contratado entregue
declaração de que conhece a área, de que já esteve no local,
correndo-se o risco de ser penalizado caso o conteúdo da informação
não seja verdadeiro.
Gostaríamos também de aproveitar esta oportunidade para sugerir que as
universidades públicas cearenses (UECE, UFC, URCA,UVA) saiam da
letargia em que se encontram na atualidade e assumam juntamente com a
sociedade e os órgãos legais e culturais, a defesa do patrimônio
arqueológico local que com os seus vestígios funcionam como um elo
entre as sociedades passadas e atuais. Estas últimas devem ter acesso
às informações acerca deste valioso bem cultural.

Verônica Viana (arqueóloga)
Manuelina Duarte (arqueóloga)
Valdeci Santos (arqueólogo)
Karlla Soares (Historiadora)
Luci Danielli A. de Sousa (Historiadora)
Daniel Luna Machado (Historiador e Mestrando em Arqueologia)
Igor Pedroza (graduando em história UECE)
Cibele Nascimento (graduanda em história UECE)