3. Amazônia é assunto internacional, diz jornal | |
Num texto curto, o jornal londrino The Independent diz que “se perdermos as florestas perderemos a batalha contra as mudanças climáticas” Gabriel Manzano Filho escreve para “O Estado de SP”: “Uma coisa tem que ficar clara. Esta parte do Brasil é importante demais para ser deixada aos brasileiros. Se perdermos as florestas perderemos a batalha contra as mudanças climáticas.” É assim, num texto curto e direto, que o jornal londrino The Independent fecha o seu editorial de ontem, em que critica duramente o governo brasileiro pela saída da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Sob o título Salvem os Pulmões do Planeta, o jornal diz ainda que a Amazônia “é um recurso precioso para o mundo inteiro, pelo qual todos temos de assumir a responsabilidade”. Além do editorial, o jornal dedica duas páginas à saída da ministra. Porta-voz de causas ambientais, The Independent define a renúncia da ministra como “um tapa no futuro do planeta”. E repete as críticas aos fazendeiros e madeireiros da Amazônia. Acusa o governo de ceder aos lobbies do agronegócio e compara: “Quase 25% do total de emissões de carbono do planeta hoje se devem ao processo de desmatamento - superando de longe os 14% produzidos por aviões, carros e fábricas”. O jornal admite que o Brasil não aceitará pagar sozinho a conta dos erros ambientais do planeta. “Por que pagaria sozinho por algo que beneficiaria todo mundo?” E conclui que a saída será “trabalhar por um acordo internacional na próxima etapa do protocolo de Kyoto”. A queda de Marina também foi abordada pela revista britânica The Economist, para quem a nomeação dela para o ministério em 2003 havia sido “como escolher um advogado de direitos humanos para comandar a polícia”. “A saída dificultará a tarefa do governo Luiz Inácio Lula da Silva de convencer os observadores de que está determinado a deter o ritmo do desmatamento.” A revista diz ainda que Marina deixa o cargo com a reputação “intacta” e “voltará ao Senado, onde pode dizer o que quer”. (O Estado de SP, 16/5) |
sábado, 17 de maio de 2008
Amazônia é assunto internacional
sexta-feira, 16 de maio de 2008
A construção da BR 174
A CONSTRUÇÃO DA BR 174. A abertura dessa estrada é um dos episódios mais abafados e sinistros da história das Forças Armadas brasileiras no período do regime militar. Encobertos pelo AI-5, os militares brasileiros cometeram um dos maiores genocídios da história mundial, muito pior que o dos armênios pelos turcos ou dos judeus pelos nazistas. Em 1968, quando começou a revolta dos waimiris-atroaris contra a abertura da BR-174, sua população era estimada em mais de 6.000 pessoas; em 1974, quando as forças armadas terminaram sua campanha de extermínio, eles eram menos de 500. Dessa guerra restaram, pelo lado dos waimiris-atroaris as lendas dos grandes chefes guerreiros Maiká, Maroaga e Comprido (nomes dados pelos brancos, na verdade seus nomes seriam, muito provavelmente, Sapata e Depini) todos mortos pelo exército. O episódio mais infame dessa guerra, documentada por entrevistas gravadas pelo padre Silvano Sabatini com índios wai-wai, waimiris-atroaris e sertanistas e relatadas no livro Massacre (Edições Loyola, 1998) foi o bombardeio pela Força Aérea Brasileira de uma maloca em que os waimiris-atroaris realizavam uma festa ritual. Nas lembranças na história dos waimiris-atroaris o crime é definido como "maxki" (feitiço). O feitiço que caiu do céu era, na verdade, bombas químicas despejadas pela FAB sobre um povo indefeso. As terras dos waimiris-atroaris abrigam entre outras riquezas a província mineral de Pitinga, uma das mais ricas do mundo e a maior jazida de cassiterita do planeta.
É provável que haja o risco de um novo genocídio contra as populações indígenas de Roraima.
Nossos índios talvez tenham o mesmo fim dos cavalos selvagens de Roraima.
Os principais inimigos dos "arrozeiros"
Ex-combatentes da FEB fecham museu e associação
terça-feira, 6 de maio de 2008
Os integralistas em ação no dia 1 de maio em SP
sábado, 3 de maio de 2008
O remédio amargo do FMI
O FMI EXPERIMENTA O REMÉDIO AMARGO QUE SEMPRE RECEITOU
Publicado em 29 de abril de 2008 às 18:36
por Mark Weisbrot, do Centro de Pesquisa Política e Econômica de Washington
"O FMI está de volta", declarou o diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, no encontro anual de primavera do início deste mês [de abril] em Washington. A acreditar nos economistas da organização (que se encontraram em hóteis de cinco estrelas, com suas longas limousines negras e jantaram em restaurantes chiques com banqueiros, empresários e ministros de todo o mundo) eles chegaram na hora certa para ajudar a resolver a crise financeira internacional.
Apesar da bravata, a realidade é que o FMI de hoje não é o mesmo. Atualmente, a famosa polícia do déficit lida com seu próprio déficit - considerável para um país pequeno - de 400 milhões de dólares, e é forçada a praticar o mesmo tipo de "ajuste estrutural" que impôs aos endividados do Terceiro Mundo. Nos últimos quatros anos, o portfólio total do FMI encolheu de 105 bilhões de dólares para menos de 10 bilhões; mais da metade do portfólio corrente é de empréstimos para a Turquia e o Paquistão. Para cortar custos, a agência está reduzindo o pessoal e fechando escritórios.
A perda de influência do FMI é provavelmente a maior mudança do sistema financeiro internacional em mais de meio século. Até recentemente, o FMI - criado originalmente na conferência de cooperação econômica internacional de Bretton Woods, em 1944 - era uma das instituições financeiras mais poderosas do mundo e uma avenida para a influência dos Estados Unidos nos países em desenvolvimento.
Isso não era resultado do dinheiro emprestado a eles - o Banco Mundial empresta muito mais - mas por causa da posição do Fundo no topo da hierarquia de credores oficiais. Até alguns anos atrás, um país em desenvolvimento que não aceitasse as condições do FMI corria o risco de ser estrangulado economicamente. O Banco Mundial, os bancos regionais - como o Banco Interamericano de Desenvolvimento -, governos ricos e mesmo o setor privado evitavam emprestar até que o governo fizesse um acordo com o FMI. No topo deste cartel de credores sentava-se o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, que tem poder formal de veto sobre muitas decisões do FMI e tem poder informal dentro da organização capaz de marginalizar mesmo os países ricos. Países em desenvolvimento - os que historicamente sustentaram o peso das decisões do FMI - têm pouca ou quase nenhuma voz nas decisões da organização, onde a maioria dos votos dos 185 membros fica com os mais ricos. Mas o FMI perdeu credibilidade depois de presidir a uma série de desastres econômicos. A América Latina, por exemplo, sofreu o maior fracasso no crescimento de longo prazo sob a tutela do FMI, desde os anos 80. A "terapia de choque" do FMI na Rússia subestimou o tempo que levaria a transição de uma economia planificada para uma economia capitalista no início dos anos 90. O resultado foi muito choque e pouca terapia, e dezenas de milhões de pessoas empurradas para a pobreza com o colapso da economia. A crise financeira da Ásia no final dos anos 90 foi um momento decisivo. O FMI e o Tesouro dos Estados Unidos ajudaram a causar a crise ao forçar a retirada de regras importantes para o fluxo de capital estrangeiro. E então pioraram a situação com recomendações que levaram o economista Jeffrey Sachs - que agora dirige o Instituo Terra, da Columbia University - a dizer que "o FMI se tornou a Maria Tifóide dos mercados emergentes, espalhando recessão de país em país." Alguns destes erros foram causados por incompetência; outros, por interesses ideológicos. Mas o resultado é que países em desenvolvimento começaram a votar com os pés, acumulando reservas internacionais para que nunca mais precisassem emprestar do cartel. O desastre argentino supervisionado pelo FMI, de 1998 a 2002, empurrou abaixo da linha da pobreza a maioria dos argentinos, num país que havia sido um dos mais ricos da região; isso ajudou a manchar a reputação do Fundo. A Argentina então desafiou o FMI, rejeitou as condições exigidas, dispensou a ajuda internacional e rapidamente se transformou na economia de maior crescimento do hemisfério. Episódio que também foi notado.
O colapso do cartel dos credores do FMI foi um golpe duro na influência dos Estados Unidos. Foi mais forte na América Latina, onde a maior parte da região era chamada de "quintal" dos Estados Unidos mas agora é governada por estados que são mais independentes de Washington do que a Europa.
O problema é que os países em desenvolvimento mais pobres, especialmente na África, continuam dependentes de ajuda estrangeira do FMI (e do Banco Mundial e outras fontes) para financiar seu orçamento e necessidades de importação. Isso pode prejudicar o desenvolvimento dos países e dos povos. Em anos recentes, o FMI - insistindo que tais medidas são necessárias para controlar a inflação - tem imposto condições que limitam os gastos públicos e, de acordo com avaliação interna do próprio Fundo, impedem os governos de financiar necessidades urgentes, como saúde e educação.
Esses países precisam se juntar aos outros do mundo em desenvolvimento para se libertar das condições do FMI. O Congresso dos Estados Unidos pode votar legislação para pressionar o FMI a usar parte de suas grandes reservas de ouro para cancelar a dívida externa e para limitar o controle do Fundo sobre a política destes países. Seriam passos importantes para os pobres do mundo.
General Heleno e o futuro da Amazônia
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Fim da terceirização: forte onda de desemprego
Fin de la tercerización: fuerte ola de desempleo
La Asamblea firmó anoche la partida de defunción de la tercerización, intermediació
n laboral y del trabajo por horas. A las 22:10, 95 asambleístas de la mayoría, más Holger Chávez, del PSP, votaron a favor del Mandato 8. En lugar de esos sistemas se reconoció la prestación de servicios complementarios, pero solo cuando se trate de actividades ajenas al negocio principal de las empresas usuarias. El trabajo por horas, en cambio, se llamará desde ahora de jornada parcial y no será mayor a cuatro horas diarias.
Todos los trabajadores que hayan sido despedidos de forma ilegal, desde el 1 de marzo del 2008, tienen que ser reincorporados de forma inmediata. Sino, los empresarios tendrán que pagar una multa de hasta USD 4 000, por cada trabajador despedido. El Ministerio de Trabajo será el encargado de investigar y fijar la multa para las empresas, previa recepción de una denuncia formal por parte de los trabajadores. ... El mandato reconoce la prestación de servicios. Las tercerizadoras e intermediadoras podrán seguir funcionando cuando solo se dediquen a prestar servicios que sean complementarios a los de la usuaria. Estas actividades solo pueden ser de mantenimiento, limpieza, vigilancia, mensajería, alimentación y seguridad. ... Todos los trabajadores percibirán anualmente utilidades de las empresas usuarias. La única excepción se establece cuando las prestadoras de servicios complementarios registren más ganancias que las empresas que las contrataron. En ese caso serán ellas las encargadas de pagar utilidades a los trabajadores conforme establece el Código de Trabajo vigente.