domingo, 30 de março de 2008

Conservadorismo: Obamania

Obamania

Existe uma torcida mundial, muito intensa no Brasil, e, principalmente nos setores progressistas, para que Barack Obama saia candidato do Partido Democrata e vença as eleições de novembro de 2008 nos Estados Unidos. Até conservadores notórios fazem parte dessa torcida. Apesar dessa torcida e das sucessivas vitórias de Obama em eleições primárias do Partido Democrata é muito difícil que Obama seja o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Da mesma forma, também é difícil que Hillary Clinton vença as eleições e seja a primeira mulher a presidir a superpotência mundial. Não é crível que os Estados Unidos estejam preparados para esse tipo de mudança. O homem é conservador por natureza e até aqueles que não têm nada a perder, aliás, principalmente esses, abominam mudanças. Isso faz parte da nossa evolução: como qualquer mudança em nosso corpo, ou em nosso bem-estar, é identificado como uma doença, e doença pode significar a morte, isto é, o fim, mudança em nossas mentes é, imediatamente, associada à idéia de perigo. Entretanto como disse Galileu Galilei: eppur se movi, isto é: apesar de nosso conservadorismo intrínseco o mundo está em constante evolução e saímos da idade da pedra para a sociedade de consumo dos dias de hoje apesar do pouco progresso que fizemos, por exemplo, no campo do combate à violência. Nós, no Brasil, também temos uma mal sucedida experiência em mudanças. O presidente Lula das primeiras disputas eleitorais prometia uma mudança completa na política econômica do seu antecessor , uma revisão nas privatizações- doações, uma apuração nos crimes cometidos pela ditadura militar- como fizeram a Argentina, o Chile, o Uruguai, e até o Peru. Mas o que se viu foi uma mudança total de Lula que desde a “Carta aos Brasileiros” assumiu o seu conservadorismo e faz do seu governo uma réplica do governo tucano e como dizia o personagem do romance Leopardo, transformado em filme por Visconti, Lula mudou para tudo continuar na mesma

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