segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte IX(26/09/2001)

26/09/2011 12h22 - Atualizado em 26/09/2011 12h22

Ministro diz que Correios não vão pagar dias parados aos grevistas

Sindicato condiciona acordo ao pagamento de dias parados, diz Bernardo.
Grevistas e direção dos Correios se reúnem nesta segunda para negociar.


Fábio Amato Do G1, em Brasília

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (26) que os Correios não vão pagar os dias parados dos funcionários que estão em greve desde o dia 14.
De acordo com o ministro, o pagamento dos dias parados é uma das condições impostas pelos grevistas para chegar a um acordo e voltar ao trabalho. Hoje, 18% dos servidores dos Correios estão parados, disse Bernardo.
“Eles [grevistas] querem que paguemos os dias parados, e nós não temos condições de fazer isso”, disse ele. “Acho que o Wagner [Pinheiro, presidente dos Correios] certamente pode encontrar uma forma de amenizar, descontar em parcelas, mas nós não temos condições de acatar essa sugestão.”
Bernardo disse ainda que representantes dos sindicatos de servidores e dos Correios devem se reunir ainda nesta segunda-feira para discutir um acordo.
O ministro afirmou que nos dois últimos finais de semana foram feitos mutirões nos centros de distribuição dos Correios para triagem e preparação das correspondências e, por isso, a normalização das entregas será feita “rapidamente” após o fim da greve.
Proposta rejeitada
Na sexta-feira, os Correios rejeitaram a contraproposta da representação sindical dos trabalhadores dos Correios. A companhia informou que considera que a proposta "está acima das possibilidades orçamentárias da empresa e inviabilizaria a sustentabilidade da ECT", segundo nota da empresa.
Os trabalhadores pediam reposição da inflação de 7,16%, reposição das perdas salariais de 24.76%, de 1994 à 2010, além de outras reivindicações, como aumento linear de R$ 200 e não desconto dos dias parados em decorrência da greve.
"A contraproposta tem impacto de R$ 4,3 bilhões na folha de pagamento -- representa um acréscimo de 70% no custo anual da folha. (...) Os índices reivindicados elevariam a despesa com pessoal para 80% do orçamento da empresa", defendeu a empresa.

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