sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte XIII (30/09/2011)

Notícias do Tribunal Superior do Trabalho
30/09/2011
ECT ajuíza dissídio coletivo no TST e pede liminar para suspensão da greve

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) instaurou dissídio coletivo no no Tribunal Superior do Trabalho com pedido de liminar para a suspensão da greve dos seus empregados, que começou no dia 13 de setembro, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. O pedido, que chegou ao TST ontem (29) à noite, classifica a paralisação como “movimento atentatório à ordem pública” e pede que, no julgamento do mérito, a greve seja considerada abusiva.

Caso o TST decida não determinar a suspensão da greve, os Correios pedem que o Tribunal determine que a Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) garanta o percentual de 70% de empregados em cada uma das unidades operacionais da empresa, como agências postais, terminais de cargas e garagens e centros de triagem. O pedido é baseado no artigo 11 da Lei nº 7.783/89 (Lei de Greve).

A ECT alega que foi surpreendida pelo movimento grevista quando o processo de negociação para o acordo coletivo da categoria, relativo a 2011/2012, estava “em pleno andamento”, e afirma que, mesmo após o início da greve, tentou, “em mais de uma ocasião, a apresentação de proposta que permitisse o final da greve”, todas elas rejeitadas. Para a empresa, a deflagração da greve não teria levado em conta alguns dispositivos legais, como a Constituição da República e a Lei de Greve.

A ECT destaca ainda que o movimento dos seus funcionários causa prejuízo a serviços de natureza eminentemente sociais, como o pagamento de aposentadorias e a entrega de remédios por via postal. Assim, a greve extrapolaria os limites das reivindicações trabalhistas “com nítido conteúdo político-ideológico”.

A empresa requer também que, durante o movimento, a FENTECT garanta o acesso de usuários e empregado às unidades dos Correios, como também a entrada e saída de veículos, e que seja impedida a realização de piquetes e atos que resultem em depredação do patrimônio público.

O processo será encaminhado à vice-presidente do TST, ministra Cristina Peduzzi. De acordo com o Regimento Interno do TST, compete à Vice-Presidência designar e presidir audiências de conciliação e instrução dos dissídios coletivos de competência originária do Tribunal (que envolvem categorias de abrangência nacional). A audiência é etapa obrigatória do dissídio coletivo, quando as partes, sob a mediação do TST, tentam chegar a um acordo.

(Augusto Fontenele/CF)
audiência dia 04/10/2011 no TST.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte XII(29/09/2011)

Funcionários dos Correios bloqueiam entrada do edifício-sede em Brasília
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
29/09/2011 | 11h11 | Greve



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Ato une bancários e funcionários dos Correios em greve no setor que reúne prédios de várias instituições bancárias e da empresa (dos Correios), no bairro da Asa Norte, em Brasília . Imagem: Antônio Cruz/ABr
Antônio Cruz/ABr

Os funcionários dos Correios, em greve há 16 dias, bloquearam hoje (29) a entrada e a garagem do edifício-sede da empresa, no Setor Bancário Norte, em Brasília. Eles querem impedir a entrada de colegas que não participam do movimento.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Rodrigo Brito, esteve no local e incentivou a unificação da luta das classes trabalhadoras, argumentando que qualquer categoria que for derrotada influenciará no resultado da luta de outra, em relação às reivindicações das datas-bases. Os bancários estão em greve em todo o país desde terça-feira (27). "Os fura-greves atentam contra o direito coletivo", destacou.

Os trabalhadores dos Correios reivindicam reajuste de no piso salarial e recomposição das perdas, além da convocação dos aprovados no último concurso. Na próxima terça-feira (4), caravanas de todos os estados devem chegar a Brasília para uma manifestação.

Da Agência Brasil

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Carteiros fazem protestos no Teatro Amazonas (parte II)

Funcionários dos Correios fazem manifestação em frente ao Teatro Amazonas

O grupo tenta chamar a atenção da presidenta Dilma Rousseff, que segue para o Teatro para assinar o programa 'Bolsa Verde'

O grupo tenta chamar a atenção da presidenta Dilma Rousseff, que segue para o Teatro para assinar o programa
O grupo tenta chamar a atenção da presidenta Dilma Rousseff, que segue para o Teatro para assinar o programa (BRUNO KELLY / ACRÍTICA )
Um grupo, formado por 275 funcionários dos Correios, realizam manifestação no Largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas, no Centro de Manaus. Os trabalhadores tentam chamar a atenção da presidenta Dilma Rousseff para a situação deles. A presidente está em Manaus para lançar o programa "Bolsa Verde".
“Estamos há 15 dias de greve a até agora nada foi feito em prol dos trabalhador. Cerca de 300 trabalhadores estão aqui querendo a atenção da Presidenta Dilma. Enquanto não tiver uma negociação a greve continua”, conta Afonso Rufino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Empresas Similares de Comunicação Postal e Telegráfica do Amazonas (SINTEC).

Carteiros fazem protestos em frente ao Teatro Amazonas contra a presidenta Dilma

Protestos marcaram a visita de Dilma Rousseff ao Amazonas nesta quarta

Como um forte aparato de segurança impediu que as pessoas se aproximassem do Teatro, os manifestantes tiveram que usar o Largo de São Sebastião para protestar.
[ i ] Enquanto Dilma discursava no Teatro Amazonas, manifestantes protestavam do lado de fora.
Manaus - A visita da Presidente da República, Dilma Rousseff à Manaus na manhã desta quarta-feira (28) serviu para que diversos representantes de sindicatos, organizações não-governamentais e entidades de classe realizassem manifestações em frente ao Teatro Amazonas, local onde a presidente participou do lançamento do plano 'Brasil Sem Miséria'.
Como um forte aparato de segurança impediu que as pessoas se aproximassem do Teatro, os manifestantes tiveram que usar o Largo de São Sebastião para levantar bandeiras e entoar gritos de protesto contra Projetos de Lei e Medidas Provisórias criadas pelo governo federal.
Pelo menos 50 funcionários dos Correios se mobilizaram para tentar chamar a atenção para a greve da categoria, que já dura 15 dias. Com gritos de ‘Dilma a culpa é sua, a greve continua”, os carteiros juntaram-se ao Movimento S.O.S Encontro das Águas, S.O.S Floresta, Sindicato dos Produtores Rurais de Rio Preto da Eva, Greenpeace e à Comissão dos Bombeiros Profissionais Civis.
Reconhecimento
Pouco mais de cinco representantes dos Bombeiros Civis realizaram movimento pedindo o fim da tramitação do Projeto de Lei 007/2011, que pede a extinção da profissão e o enquadramento dos bombeiros como Brigadistas. "Serão 600 trabalhadores prejudicados somente em Manaus. E no Brasil, serão mais de 200 mil pessoas que perderão seus empregos e profissão. Não podemos ficar calados, e viemos mostrar à presidente que algo precisa se feito", disse  o representante da categoria, José da Silva Mendes.
Estudantes ligados ao grupo S.O.S Encontro das Águas levaram faixas pedindo que Dilma mantenha o tombamento da área, e trave a construção de um porto privatizado no local. Representantes do Greenpeace aderiram ao protesto ambientalista, e tentaram entregar uma muda de Açaí à presidente, mas foram impendidos pela segurança de entrarem no Teatro. O grupo tenta impedir a mudança no Código Florestal do país, o que, para eles, causaria aumento no desmatamento da floresta.
Apoio
Enquanto uns gritavam contra o Governo Dilma, outros aplaudiam. A Associação Nacional dos ex-Soldados Especializados da Aeronáutica (Anese) mandou vinte representantes para a recepção da presidente. Eles agradeciam o apoio recebido para a regulamentação da profissão, que há 13 anos tenta retornar para os quadros da Aeronáutica. No Amazonas, são 183 ex-soldados. Em todo o país, o número é próximo a 3 mil.
Diferente da última visita da presidente, em que mais de vinte indígenas estavam presentes para pedir apoio para a questão habitacional dos índios urbanos do Amazonas, nesta quarta-feira, apenas o cacique Paulo Apurinã estava no Largo à espera. De acordo com ele, os índios conseguiram um passo importante, e agora é hora de agradecer o apoio e esperar o repassa do investimento para iniciar os projetos. Segundo Paulo, o governo teria acertado a liberação de R$ 63 milhões de reais para a causa indígena no Amazonas.
O sol forte de meio dia, e o atraso da presidente Dilma, fez com que boa parte dos manifestantes desistissem do protesto, deixando no local apenas alguns curiosos que esperavam ver a presidente.

Greve dos Correios parte XI (28/09/2011)

Greve dos Correios deve ser decidida na Justiça

Agência Estado

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O desconto em folha dos dias parados pelos trabalhadores dos Correios que aderiram à greve foi o que impediu o fechamento de um acordo entre o sindicato da categoria e a estatal hoje. O presidente da empresa, Wagner Pinheiro, disse à Agência Estado que, em reunião hoje no Ministério Público do Trabalho, as negociações chegaram a avançar, mediante a contraproposta apresentada pela estatal. Os Correios decidiram pagar um abono de R$ 500,00 e um aumento de R$ 80,00 a partir de janeiro em substituição à proposta inicial que previa um abono de R$ 800,00 e uma parcela fixa de aumento no salário de R$ 50,00. No entanto, o sindicato se retirou da mesa de negociações, segundo Pinheiro, quando a estatal abordou o corte do ponto de quem aderiu à greve. "Lamentamos eles terem tomado a iniciativa de ir para a Justiça. Não descontar (os dias parados) não tem condição", afirmou Pinheiro.
Alguns sindicatos regionais já entraram com ações na Justiça com o objetivo de impedir o desconto dos dias parados, mas as decisões da Justiça não são unânimes. Na Paraíba, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postais, Telégrafos e Similares (Sintec-PB) obteve liminar para que não haja corte de ponto nem de vale-transporte e vale-alimentação dos grevistas. Os Correios já recorreram da decisão. No Rio Grande do Sul, porém, o pedido foi indeferido.
Segundo Pinheiro, a empresa até se dispôs a fazer o desconto dos dias parados de forma parcelada, mas o sindicato foi irredutível. "Reconhecemos o direito de greve dos trabalhadores, mas a empresa tem também o direito de efetuar o desconto", disse.
Diante do impasse, Pinheiro reforçou pedido de desculpas da empresa à população pelos transtornos causados e reiterou o apelo para que os carteiros voltem ao trabalho. "Vamos fazer um apelo para os carteiros voltarem ao trabalho, porque temos convicção de que é isso que eles querem", afirmou. Pinheiro lembrou que a estatal tem feito mutirões para fazer triagens e entregar encomendas e que já convocou 5.300 aprovados no concurso realizado em maio para amenizar os efeitos da greve.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte X (27/09/2001)

Presidente da ECT chama comando de negociação para reunião que vai entregar a greve


12h - 27 de setembro de 2011


Depois que os trabalhadores de todo o país entraram massivamente em greve e acuaram a empresa, o presidente da ECT, o petista Wagner Pinheiro, chamou uma reunião com o comando de negociação nesta manhã de quinta-feira, 27.
A proposta de reunião com o comando de negociação interrompeu a assembléia da categoria em Brasília, e parece ter sido negociada horas antes, já que não houve qualquer surpresa entre os integrantes da burocracia sindical.
A partir das 11h o comando estará reunido com o presidente da ECT, que certamente não deve melhorar a proposta já apresentada à categoria, que também já rejeitou essa proposta em todas as assembléias.
O que está em marcha nesta reunião é o fim da greve dos Correios em troca de nenhuma proposta de aumento real para a categoria. O próprio comando de negociação, com apoio irrestrito do PSTU, aprovou o rebaixamento de uma pauta que já era rebaixada.

Não ao rebaixamento da pauta!
Ato nacional em Brasília nesta quinta-feira, 29, para encostar Dilma e Wagner Pinheiro contra a parede!
Não à privatização dos Correios!
Greve até a vitória!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte IX(26/09/2001)

26/09/2011 12h22 - Atualizado em 26/09/2011 12h22

Ministro diz que Correios não vão pagar dias parados aos grevistas

Sindicato condiciona acordo ao pagamento de dias parados, diz Bernardo.
Grevistas e direção dos Correios se reúnem nesta segunda para negociar.


Fábio Amato Do G1, em Brasília

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (26) que os Correios não vão pagar os dias parados dos funcionários que estão em greve desde o dia 14.
De acordo com o ministro, o pagamento dos dias parados é uma das condições impostas pelos grevistas para chegar a um acordo e voltar ao trabalho. Hoje, 18% dos servidores dos Correios estão parados, disse Bernardo.
“Eles [grevistas] querem que paguemos os dias parados, e nós não temos condições de fazer isso”, disse ele. “Acho que o Wagner [Pinheiro, presidente dos Correios] certamente pode encontrar uma forma de amenizar, descontar em parcelas, mas nós não temos condições de acatar essa sugestão.”
Bernardo disse ainda que representantes dos sindicatos de servidores e dos Correios devem se reunir ainda nesta segunda-feira para discutir um acordo.
O ministro afirmou que nos dois últimos finais de semana foram feitos mutirões nos centros de distribuição dos Correios para triagem e preparação das correspondências e, por isso, a normalização das entregas será feita “rapidamente” após o fim da greve.
Proposta rejeitada
Na sexta-feira, os Correios rejeitaram a contraproposta da representação sindical dos trabalhadores dos Correios. A companhia informou que considera que a proposta "está acima das possibilidades orçamentárias da empresa e inviabilizaria a sustentabilidade da ECT", segundo nota da empresa.
Os trabalhadores pediam reposição da inflação de 7,16%, reposição das perdas salariais de 24.76%, de 1994 à 2010, além de outras reivindicações, como aumento linear de R$ 200 e não desconto dos dias parados em decorrência da greve.
"A contraproposta tem impacto de R$ 4,3 bilhões na folha de pagamento -- representa um acréscimo de 70% no custo anual da folha. (...) Os índices reivindicados elevariam a despesa com pessoal para 80% do orçamento da empresa", defendeu a empresa.

domingo, 25 de setembro de 2011

Alexander Dugin: Eu sou um amigo de verdade

Eu sou um amigo de verdade ...



Hoje Alexander Dugin fundador e líder do Movimento da Eurásia fez esta declaração clara em um site de rede amplamente usado Social ...
"Eu sou um verdadeiro amigo do povo americano. Pessoas boas e de coração aberto. Nós estamos indo para salvá-los depois de destruir a força negra que envenenou os americanos e os escravizaram.
América para os americanos! - É muito slogan da Eurásia.
Estaríamos plenamente satisfeito com a doutrina Monroe aplicada. Nós não temos nenhuma intenção de submeter os americanos a nossa regra ou impor-lhes nossos valores. Estamos lutando para a possibilidade de qualquer pessoa para afirmar e defender os seus valores (não nosso!). Então, nós, Eurasianistas, estão profundamente e sinceramente pró-americano ".
Isso não é notícia para os ativistas revolucionários como o nosso Frente americana que viram o calor Dugin e preocupação para o nosso Povo voltando mais de 15 anos. Para a pessoa média, sendo alimentados mentiras pela mídia (na realidade, o braço de propaganda do Globalistas), esta voz da razão vindo de oft demonizado "Rússia" pode muito bem abrir os olhos.
Um dos nossos Cadre AF de Liderança com adição de ...
"Nós não poderíamos estar mais entusiasmados com esta declaração. Para quem pensa que esta posição um novo ou uma estratégia cínica de Alexander e seu Movimento da Eurásia - você não poderia estar mais errado. Sua honestidade e integridade, e por extensão o EM, são, sem dúvida. Nós já vimos isso com nossos próprios olhos, tanto nos momentos bons e ruins. Para nós, Alexander Dugin e do Movimento da Eurásia são amigos, companheiros e espíritos afins que representam uma das maiores ameaças ao nosso inimigo Globalist comum. Enviamos nossas calorosas saudações e nosso apoio leal. "
Alguns dos trabalhos de Alexandre pode ser encontrada em seu EVRAZIA e nossa própria revolta aberta .

sábado, 24 de setembro de 2011

Greve dos Correios continua forte.


sábado, 24 de setembro de 2011

Correios rejeitam contraproposta de funcionários em greve

Proposta 'está acima das possibilidades orçamentárias da empresa'.
Os Correios estão contratando de forma imediata 6.074 novos empregados.


Em greve há mais de uma semana, trabalhadores dos Correios fazem manifestação em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Em greve há mais de uma semana, trabalhadores dos Correios
fazem manifestação em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Fabio
Rodrigues Pozzebom/ABr)
A contraproposta da representação sindical dos trabalhadores dos Correios foi rejeitada pela empresa nesta sexta-feira (23). A companhia considera que a proposta "está acima das possibilidades orçamentárias da empresa e inviabilizaria a sustentabilidade da ECT", segundo nota da empresa. Os trabalhadores pediam reposição da inflação de 7,16%, reposição das perdas salariais de 24.76%, de 1994 à 2010, além de outras reivindicações, como aumento linear de R$ 200 e não desconto dos dias parados em decorrência da greve.

"A contraproposta tem impacto de R$ 4,3 bilhões na folha de pagamento -- representa um acréscimo de 70% no custo anual da folha. (...) Os índices reivindicados elevariam a despesa com pessoal para 80% do orçamento da empresa", defendeu a empresa.
De acordo com os Correios, 15 mil grevistas já voltaram ao trabalho -- o que corresponde a 44% dos profissionais que haviam aderido à paralisação. O índice de adesão nacional divulgado pela empresa nesta sexta-feira é de 18%, com 19 mil empregados parados.

"Com 82% do efetivo total em atividade, os Correios trabalham para manter a entrega de correspondência em dia, e 65% da carga segue no prazo. Neste final de semana, mais um mutirão nacional será realizado pelos empregados da empresa, com objetivo de manter esse índice", diz a nota.

Do Valor OnLine

Greve dos Correios parte VIII (23/09/2001)

A greve continua, o video da manifestação dos Carteiros em SP.

http://www.youtube.com/watch?v=cffF3Q-0u9A&feature=player_embedded

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Piso salarial dos professores em 2012 será R$ 1.384

Professor: piso nacional deve passar para R$ 1.384 em 2012


21/9/2011 13:57,  Redação, com agências - de Brasília

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O valor do piso nacional dos professores das escolas públicas terá reajuste nominal de 16,6% em 2012

O valor do piso nacional dos professores das escolas públicas do país terá reajuste, passando dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.384. A memória do cálculo de lei orçamentária para 2012, enviada ao Congresso Nacional pelo Ministério do Planejamento, prevê um aumento de 16,68% no valor mínimo investido por aluno pelos governos municipais, estaduais e federal. A diferença entre um ano e outro neste valor é o cálculo utilizado pelo MEC (Ministério da Educação) para o piso nacional dos professores.

O total mínimo investido por aluno do ensino fundamental passará dos R$ 1.722,05 para R$ 2.009,45. A origem desse dinheiro é o Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e os Estados que não conseguem atingir esse mínimo recebem uma complementação da União.

Minas Gerais e Paraná precisarão, pela primeira vez, receber o dinheiro, geralmente destinado a Estados mais pobres. Piauí e Rio Grande do Norte vão conseguir pagar o valor. Os outros Estados que continuam na lista são Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba e Pernambuco. No total, a complementação chegará a R$ 9.603.858.15 em 2012. Os valores exatos devem ser definidos em breve pelo Ministério da Educação.

Greve dos Correios parte VII (22/09/2001)

Saiu o no 29 da Federação (FENTECT) que já lançou a contra-proposta para encaminha para a ECT.

http://www.fentect.org.br/media/informes/INFORME_029.pdf

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte VI (21/09/2001)

A Greve não terminou!!!

Quarta Feira, 21 de Setembro

Ao contrario do que a direção da empresa diz a GREVE NÃO ACABOU. Prova disso é ontem o ultimo sindicato que faltava a deflagrar greve amanheceu de braços cruzados. Agora estão parados os 35 sindicatos filiados a FENTECT.

Diante disso a empresa não tem mais como negar a greve nacional deflagrada na noite do dia 13. O próprio presidente da empresa já admite que pelo menos 40% dos trabalhadores estão de braços cruzados só no estado de São Paulo, isso significa que o maior fluxo postal no país está parado.
Ao admitir que pelo menos 40% dos carteiros estejam em greve, Wagner Pinheiro reforça ainda mais o que os sindicatos dizem, A GREVE ESTÁ MUITO FORTE. Todos sabem que a empresa joga contra a greve e sempre passa um percentual de adesão rebaixado, ao admitir que pelo menos 40% dos carteiros estão parados, podemos deduzir que esse numero é bem maior, e prova disso são as assembléia que estão lotadas.
Outro fator que nos mostra a força da greve dos ecetistas é a mudança de discurso da direção da empresa que já se coloca a disposição de voltar a mesa de negociação. “A empresa possui um dono, que é a população brasileira, e o caminho para a resolução é a negociação”, disse Wagner Pinheiro na entrevista coletiva em Santa Catarina.
Companheirada, a nossa greve continua forte, mas é preciso dar visibilidade ao nosso movimento. Nesse sentido é de grande importância os trabalhadores ecetistas estarem comparecendo as assembléias, nos atos realizados pelos sindicatos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Organizaçào da Derrota (1961-1964)


Correio @pravda.ru

1961-1964: A Organização da Derrota

19.09.2011

Mário Maestri
O primeiro governo parlamentarista do Brasil, em 1961, formou-se sob a chefia de Tancredo Neves, do PSD. Três ministérios foram entregues ao PSD, dois ao PTB - Trabalho e Exterior -, dois  à UDN. Nos seis primeiros meses, o presidente da Republica, João Goulart, esforçou-se para garantir o imperialismo e os conservadores sobre sua vocação democrática e  anti-comunista. Em abril de 1962, visitou Washington onde, apesar de declarar oposição à Cuba, não obteve o apoio esperado, pois se negou a abraçar irrestritamente o monetarismo ortodoxo proposto pelo FMI. Prosseguiam suspensos os empréstimos ao governo brasileiro.
Em 1º de maio de 1962, Goulart defendeu as "reformas de base", entre elas, a agrária, sem indenização monetária. O apoio popular era necessário ao retorno do presidencialismo, através de plebiscito pactuado durante o acordo. Quando, em junho, com a renúncia de Tancredo Neves, Goulart propôs o político trabalhista e progressista San Tiago Dantas para primeiro ministro, impugnado pelo Congresso, ele designou Moura Andrade, do PSD, que renunciou, 48 horas após a indicação, devido à negativa de Goulart de aprovar os ministros que indicara. A crise ministerial aprofundou-se com a prontidão das forças militares e a greve geral, da CNTI, interrompida a pedido de Goulart.
Brochado da Rocha, do PSD, ex-secretário do Interior de Brizola, assumiu como primeiro ministro, prometendo combate à inflação e à escassez de alimentos e política exterior independente. Em inícios de setembro, foi substituído por Hermes Lima. Sob pressão de greves gerais, o Congresso marcou o plebiscito para 6 de janeiro de 1963, vencendo o presidencialismo em forma esmagadora. Após dezesseis meses de parlamentarismo, Goulart assumia a presidência, a três anos do fim de seu mandato. Goulart retomou o programa nacional-desenvolvimentista, associado a reformas estratégicas. Nomeou San Tiago Dantas, do PTB, para o ministério da Fazenda, Celso Furtado, no Planejamento e Almino Afonso, no Trabalho. Delineado por Celso Furtado, o programa geral de governo - "Plano Trienal" -  reconhecia que a inflação - 52% em 1962 - comprometia as inversões, o crescimento e causava tensões sociais.
Criticando as  soluções recessivas, o Plano Trienal pretendia superar o impasse da falta de recursos com as "reformas" de base" - administrativa, financeira, tributária e agrária. Porém, estas ultimas deviam ser aprovadas por Parlamento, dominado pelo centro, centro-direita e direita. O impasse econômico do padrão de acumulação nacional-desenvolvimentista materializava-se em impasse político. Ao rejeitar a proposta de Brizola, em 1961, de novas eleições, Jango fechava as possibilidades de avançar constitucionalmente as iniciativas necessárias.
 Enquanto as "reformas de base" não eram aprovadas, o governo propôs reduzir a inflação, a 10%, em três anos, com ganhos reais na produtividade do trabalho de 7% ao ano e com a redução das desigualdades sociais. Nos fatos, San Tiago Dantas, na Fazenda, e Celso Furtado, no Planejamento, avançaram o tradicional saneamento anti-inflacionário: alguns poucos novos impostos para os mais ricos; redução dos subsídios a empresas públicas de transporte e à importação do trigo e gasolina; impulsão nas exportações com a desvalorização do cruzeiro em 30%. O plano foi aprovado pelo FMI e pelo presidente John Kennedy.
 Atração golpista
 No primeiro trimestre de 1963, a inflação restringiu-se a 16%. Porém, o corte dos subsídios às importações; uma maior uniformização das taxas de câmbio; a restrição do crédito; a desvalorização da moeda, etc., aumentaram o custo de vida, a recessão, a crise social, as greves, dissociando sobretudo os trabalhadores mais organizados do governo.  Apesar do programa implementado e de acordo que indenizava vantajosamente empresas estadunidenses expropriadas por estados da federação, o governo obteve nos USA apenas o condicionamento de novos empréstimo à radicalização das medidas tomadas, sob o controle do FMI. Em 1963, o Brasil deveria pagar US$ 1,8 bilhões, uns 43% de suas exportações.
Em março, o governo propôs ao Congresso a expropriação de terras com pagamento em títulos públicos. Em maio, prometeu aumento salarial de 70% para os funcionários federais e militares, apesar de ter afirmado em Washington que não ultrapassaria os 40%. Fechado o primeiro semestre, no Rio de Janeiro, a inflação superava os 30%, taxa estimada para todo o ano. Sem conquistar o apoio financeiro dos USA, Jango afastava-se das classes trabalhadoras e populares. Nesse contexto, ensaiou vacilante e incompleta correção de rumo que expressava o impasse político que vivia o país e suas origens sociais e políticas, mais do que sua personalidade.
Ao preparar confronto com o governo USA, através de eventual moratória unilateral, procurou não cortar os laços com a orientação anterior. Durante a reforma ministerial de junho, dissolveu o ministério do Planejamento de Celso Furtado e  substituiu San Tiago Dantas, na  Fazenda, pelo político conservador Carvalho Pinto, que articulou plano anti-inflacionário através de bônus bancários. Entrementes, aprofundava-se a crise geral. Em 12 de setembro de 1963, sargentos, fuzileiros e soldados da Aeronáutica e da Marinha manifestaram-se na capital federal, retendo o presidente da Câmara e ministro do Supremo Tribunal, para defender o direito de eleição de praças e sub-oficiais.  Em 4 de outubro de 1963, em associação com seus ministros militares, João Goulart requereu ao Congresso a decretação de Estado de Sítio, por trinta dias, para controlar a agitação social, e organizou a prisão de Carlos Lacerda, governador direitista do Rio de Janeiro, e Miguel Arrais, governador esquerdista de Pernambuco.
Retomando a proposta de Jânio Quadros de 25 da agosto de 1961, Goulart procurava debelar a crise através da constituição de governo de exceção, apoiado nas forças políticas de centro  e nas forças armadas. O golpismo foi combatido pela esquerda, pelo sindicalismo trabalhista, pelo PSD e pela UDN, que, por diferentes razões, temiam governo de exceção dirigido por Goulart. Em 7 de outubro, sem apoio político,  retirou o pedido ao Congresso e empreendeu nova guinada, agora, à esquerda. Propôs, segundo as exigências nacional-desenvolvimentistas, que os lucros dos capitais mundiais que excedessem aos 10% exportáveis permitido pela lei, seriam reinvestidos como "capitais nacionais de estrangeiros", sem direito à nova re-exportações de lucros. Prosseguindo na senda desenvolvimentista, Jango criou a Eletrobrás, o Conselho Nacional de Telecomunicação, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, e reatou as relações com a URSS.
Porém, nesse momento, os segmentos industrialistas nacionais, base do nacional-desenvolvimentismo, associados ao capital internacional, ou medrosos das crescentes reivindicações populares, avançavam já o projeto golpista. A derrota da proposta de Goulart de governar com os militares, de outubro de 1963, fortalecera a proposta de intervenção castrense sem a participação do presidente. Um dos líderes das articulações era o general Castelo Branco. Já em 1962, antes da vitória do presidencialismo, a conspiração de direita progredia entre a alta oficialidade e a grande burguesia, sobretudo paulista. Os golpistas defendiam que a população fosse incapaz de interferir, mesmo indiretamente, nos destinos do país. Em inícios de 64, expoentes da UDN pregavam abertamente o golpe.
 Burguesia Golpista
Em dezembro de 1963, com inflação que, no Rio de Janeiro, encerraria o ano acima dos 80%, Carvalho Pinto foi substituído por Nei Galvão, que empreendeu medidas de controle direto dos preços. No mesmo mês, Jango determinou revisão das concessões governamentais de exploração de recursos minerais por estrangeiros. Em janeiro de 1964, regulou a Lei de Remessa de Lucros. Em fevereiro, as medidas nacionalistas foram contrabalançadas com movimento em direção ao câmbio livre, exigido pelo FMI. Porém, em parte devido às dificuldades econômicas, manteve-se o monopólio do Banco do Brasil sobre as exportações de café e de açúcar, pagas aos produtores em moeda nacional, após conversão cambial favorável ao governo. O "confisco cambial" revertia-se em favor das importações de trigo e petróleo.  Com o crescimento dos preços mundiais do café, o governo retomou as discussões com os credores externos, obtendo empréstimos da Alemanha e do Japão. O governo USA manteve o bloqueio econômico, enquanto apoiava as articulações golpistas.
A dívida externa do Brasil mantinha-se em três bilhões de dólares, a mesma desde a renúncia de Jânio Quadros, já que João Goulart não recebera qualquer empréstimo, enquanto o governo Kennedy financiava, através da Aliança para o Progresso, governadores e prefeitos conservadores. O Brasil comprometia 15% de seus ingressos cambiais com o pagamento de juros. A radicalização econômica aprofundava-se, embalada pela inflação e dificuldade no pagamento da dívida. No plano social, avançava a mobilização nas cidades, por reajustes salariais, e no mundo rural, sobretudo no Nordeste e no Sul, a luta pela terra aterrorizava os latifundiários.
Nas eleições de novembro de 1962, o PTB saltou de 66 para 104 deputados federais. Porém, nas onze eleições para governadores, não houve aliança PTB-PSD, dissociação que expressava radicalização social que rompia a aliança entre o industrialismo, dominante, por um lado, e  os segmentos proprietários e médios urbanos e rurais e o operariado fabril, dominados, por outro. Aliança garantira a vitória de Getúlio e Juscelino. Apesar da situação explosiva, Goulart negava-se a impulsionar a mobilização e a organização popular autônoma, temendo a superação da política desenvolvimentista-burguesa pelas classes trabalhadoras e a defecção de forças burguesas, já na oposição.
Não havia força política popular expressiva que propusesse a organização e saída independentes para os trabalhadores. Todas as organizações parlamentares, estudantis, operárias e populares de esquerda - Comando Geral de Greve, Comando Geral dos Trabalhadores, Frente Parlamentarista Nacional, UNE, PCB, PCdoB, etc., - apoiavam as "reformas de base", sob a hegemonia de "burguesia nacional". À esquerda deste espectro político encontravam-se a Ação Popular, a pequena Política Operária e minúsculos grupos trotskistas, sem capacidade real de intervenção social.
A posse de Lyndon Johnson, após o assassinato de. Kennedy, em fins de 1963, levou ao abandono da vacilante política dos democratas de dissuasão de golpes de Estados na América, facilitando a implementação do golpismo, em organização no Brasil, com apoio direto da embaixada yankee. Em 1º de abril de 1964, a alta oficialidade das forças armadas assaltou o poder, que o governo de João Goulart pretendera defender com as forças nacionalistas de um Exército que foi o grande vetor de sua queda e da conformação da nova ordem que regeria o país por vinte anos e determinaria, até hoje, seu realidade, em detrimento dos trabalhadores. O golpe foi apoiado pela grande burguesia industrial, pelo latifúndio, pelo imperialismo, pela Igreja, por grande parte dos segmentos sociais médios.
·        Mário Maestri, 63, historiador, é professor do Curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net

Greve dos Correios parte V (20/09/2001)

Amigos novo informe da Federação - FENTECT, A GREVE CONTINUA:

http://www.fentect.org.br/media/informes/INFORME_028.pdf

Dilma já assinou definitivamente a privatização dos Correios

Sancionada a reestruturação dos Correios 


19/9/2011 13:36,  Por Agencia Senado

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A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou na última sexta-feira (16) a Lei 12.490/11, que amplia as atividades da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), além de transferir a regulação do mercado de etanol à competência da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O Projeto de Lei de Conversão (PLV) 21/11, que deu origem à lei, foi aprovado no Plenário do Senado em 31 de agosto.

Veja mais
Senado aprova MP que amplia atuação dos Correios

A lei autoriza os Correios a atuar no exterior, constituir subsidiárias e adquirir o controle ou participação acionária em outras empresas. Também permite sua atuação em serviços postais de logística integrada, financeiros e eletrônicos. Prevê, ainda, a aplicação subsidiária à ECT da lei que trata das sociedades anônimas.

Durante a tramitação da proposta na Câmara, foi incluída uma vedação à atuação das empresas subsidiárias ou com participação da ECT no serviço de entrega domiciliar, objeto de monopólio. Outra mudança feita pelos deputados ao projeto original (MP 532/11) foi a determinação de que as funções gerenciais e técnicas da empresa, em âmbito regional, só possam ser exercidas por empregados do quadro permanente.

Todos os atos de constituição de subsidiárias e de aquisição do controle ou participação em empresas deverão ser comunicados à Câmara e ao Senado no prazo de 30 dias. O texto original previa necessidade de aprovação desses atos pelo Conselho de Administração, mas a presidente Dilma vetou o dispositivo, com a justificativa de que essa determinação já consta do Estatuto Social da ECT.

Combustíveis

A nova lei também atribui à ANP a fiscalização e a regulamentação do setor produtivo do etanol, antes considerado um subproduto agrícola, sendo sujeito ao controle do Ministério da Agricultura. O texto reduz, ainda, o percentual mínimo de álcool adicionado à gasolina de 20% para 18% – o limite máximo, de 25%, não foi alterado.

Outra mudança é a inclusão de um capítulo específico sobre atividades econômicas da indústria de biocombustíveis na Lei 9.478/97, que trata da política energética nacional, do Conselho Nacional de Política Energética e da ANP.

A presidente Dilma vetou, no entanto, propostas da Câmara que garantiam mais incentivos ao setor de biocombustíveis, como alterações nas alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para assegurar a competitividade dos biocombustíveis e a criação de uma reserva de mercado para empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de biomassa.

Da Redação / Agência Senado

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ministro da Comunicações vai descontar o dias parados dos carteiros por causa da Greve dos Correios

Grevistas dos Correios terão dias parados descontados, diz ministro

Em nota, Paulo Bernardo critica paralisação e diz que 'greve não é férias'.
Todos os 35 sindicatos da categoria devem aderir ao movimento até quarta.


Fábio Amato Do G1, em Brasília

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, divulgou nota nesta segunda-feira (19) em que critica a greve nos Correios e afirma que os dias não trabalhados serão descontados do salário dos funcionários.
“Greve não é férias”, diz o ministro na nota. “[Os] dias faltados serão descontados”, completou. Bernardo declarou que as greves são “parte da democracia”, mas apontou que os serviços executados pelos Correios não podem parar.

“Temos que cumprir a nossa missão que é servir à população e esta não pode ficar desassistida”, disse.

Ainda de acordo com o ministro, a greve por tempo indeterminado abre espaço para o crescimento de empresas concorrentes na área de despacho de cargas.

“A concorrência naturalmente fica assanhada para ver se toma um pedaço do mercado”, disse. “É preciso responsabilidade por parte de todos no momento em que se procura reforçar e modernizar ainda mais os Correios.”

Adesão à greve
A partir de quarta-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect – URA) entrará para a paralisação dos trabalhadores dos Correios, que teve início na noite de terça-feira (13).
Com a adesão da região, todos os 35 sindicatos da categoria no país estarão em greve, de acordo com José Gonçalves de Almeida, o Jacó, membro do comando de negociação da Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentec).
O sindicato de Uberaba foi o último a entrar na paralisação. A assembleia que decidiu pela adesão aconteceu na sexta-feira (16). De acordo com Antônio Sérgio Tiveron, diretor do Sintect - URA, é preciso esperar até quarta-feira para cumprir a legislação, já que é necessário avisar os Correios sobre a paralisação com antecedência.

Pagamento de contas
Segundo a Fundação Procon-SP, os consumidores que sabem a data de vencimento de suas contas devem entrar em contato com a empresa, para solicitar outra opção para efetuar o pagamento, antes do vencimento, "a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos e cancelamentos".

Na semana passada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as datas de pagamento dos boletos de cobrança não serão alteradas em virtude da greve.

Em comunicado, a entidade sugeriu que os clientes identifiquem os pagamentos recorrentes mensais, ou aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação e, com essas informações, procurem as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos para solicitar a segunda via da cobrança.

Reivindicação
A categoria reivindica piso de R$ 1.635 – atualmente, o valor está em R$ 807 – mais reposição da inflação. “Também exigimos um Correio público, 100% estatal e eficiente, além de contratações já, porque a sobrecarga está forte, está faltando muita gente nos Correios”, diz Evandro Leonir, representante do comando nacional de negociação da federação.

Os Correios devem soltar novo balanço sobre a greve nesta segunda-feira (19). Segundo o balanço divulgado na quinta-feira (15), o índice de adesão, até quinta-feira, era de aproximadamente 30% do efetivo total de trabalhadores, chegando a 2/3 na área operacional.

A proposta da empresa é de reposição da inflação de 6,87% mais R$ 50 de aumento linear a partir de janeiro para todos os trabalhadores, o que, somado, representaria reajuste de 13%.
Com a adesão dos trabalhadores à greve, esta proposta foi imediatamente extinta, segundo informações da assessoria de imprensa dos Correios. A empresa diz que aceita negociar com os trabalhadores, desde que as atividades sejam retomadas.

Os grevistas, no entanto, alegam que os trabalhadores não voltarão ao trabalho enquanto os canais de discussão não forem reabertos.

Plano de contingência
Os Correios informam que foi colocado em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, “para minimizar os prejuízos à sociedade”.

A distribuição de cartas e encomendas continua sendo feita e, até a quinta-feira, cerca de 60% do volume diário de objetos postais foi entregue nos dois dias de paralisação. Seguem suspensos os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, por se tratar de serviços com horário marcado.

tópicos:

Greve dos Correios parte IV(19/09/2001)


Greve atinge setor de tecnologia dos Correios
Parte do setor administrativo decide aderir ao movimento da categoria, contrariando política do Bando dos Quatro de atacar a área administrativa para dividir a categoria
19 de setembro de 2011
Junto com outros 26 estados a categoria dos Correios no Distrito Federal decretou greve a partir das 0h00 do dia 14 de setembro.
A greve teve adesão imediata dos setores operacionais, onde as encomendas são triadas por Operadores de Triagem, na garagem com motoristas e motociclistas, e pelos Centros de Distribuição com os carteiros.
Nos primeiros dias algumas agências de atendimento continuaram funcionando e, como tradicionalmente acontece, o setor administrativo, especialmente os técnicos e analistas que trabalham no Ed. Sede da Empresa em Brasília não aderiram à paralisação.
As denuncias feitas no dia 15 explicam um pouco a falta de adesão. Meia hora antes de uma assembléia prevista para acontecer na quinta-feira, os diretores foram chamados pela presidência da empresa que orientou os chefes a impedir da maneira que fosse necessária a participação do setor administrativo no movimento grevista. Ao ponto de o próprio vice-presidente da empresa percorrer diversos andares do prédio para intimidar os trabalhadores.
A direção da empresa e o governo sempre investiram na divisão da categoria. Diversos sindicatos, associações específicas, tentativas de negociações em separado, tudo isso apesar do padrão tanto de carteiros quantos de engenheiros dos Correios serem o mesmo, o governo. Esse, aliás, foi o argumento para que por muito tempo o setor administrativo não participasse ativamente da campanha salarial, apesar da negociação coletiva servir também para esses trabalhadores.
Mas um fator foi fundamental para mudar essa situação na campanha de 2011. O setor de tecnologia reconheceu que a Medida Provisória 532 aprovada pelo Congresso Nacional e que está prestes a ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff não ameaça apenas o setor operacional da empresa com as terceirizações etc. A tecnologia é um dos alvos principais da privatização dos Correios.
Por isso, a assembléia do dia 16 de setembro, com a presença de carteiros, OTTs, motoristas, atendentes comerciais e trabalhadores da área de tecnologia pode representar uma nova etapa da luta da categoria.
Por enquanto a adesão é praticamente apenas do setor de tecnologia. Mas representa um passo fundamental para que outras áreas de analistas venham aderir ao movimento.

domingo, 18 de setembro de 2011

Família de Lamarca reclama de perseguição política

Família de Lamarca reclama de perseguição política


17/9/2011 16:29,  Por José Dirceu - de São Paulo

Lamarca
Lamarca supervisiona o treino dos militanets da VPR no Vale da Ribeira

Aos 50 anos Cesar, um aeronauta com 30 anos de serviços prestados, ostenta com orgulho o sobrenome do pai, Carlos Lamarca, legendário militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). E, aos 40 anos do assassinato de seu pai, neste dia 17 de setembro, assume a responsabilidade de contar ao mundo o sentido da luta do militar que abraçou radicalmente a causa da liberdade em plena ditadura.

Cabe a Cesar relatar, ainda, a luta da família Lamarca, diante de a ação promovida por clubes militares que procuram suspender sua anistia política, assim como o direito de sua viúva, Maria Pavan Lamarca, de receber a pensão e a indenização – já determinadas pela Comissão da Anistia do Ministério da Justiça.

– Meu pai era um homem essencialmente livre. Abriu mão da carreira militar, que tanto amava, e da família, rompeu com o regime e entregou seus melhores anos por seu ideal. Ele morreu como um mendigo, ao lado de Zequinha Barreto, irmão na morte, companheiro até as últimas conseqüências – resume o filho, o perfil o pai.


Responsabilidade

de não se omitir

Para o aeronauta, Lamarca não foi um desertor, como o querem qualificar os autores da ação contra seu pai.

– Quem foi terrorista foi quem torturou o povo brasileiro. Meu pai não poderia compactuar ou se omitir diante de um grupo que traiu a pátria, traiu o seu juramento à bandeira e tomou o governo, contra o povo – esclarece.

Para Cesar, ser filho de Lamarca implica na responsabilidade de não se omitir, assim como, também, de “manter a cabeça serena”. Segundo Cesar, a família Lamarca – a viúva Maria, sua irmã Cláudia, ele próprio e quatro netos – jamais fará algo para ofender uma instituição brasileira tão cara para ele, quanto o foi o Exército brasileiro.

– Mas tampouco deixaremos que nos ofendam. Precisamos dar um basta a essas ofensas – ressaltou ele.

De acordo com o filho de Lamarca, a ação que a família enfrenta é absurda.

– Ela foi formulada por um assessor militar do (deputado federal Jair) Bolsonaro – informou.

E pergunta-se:

– Se o argumento usado na ação – de que Lamarca teria sido um desertor do Exército – é válido para invalidar a sua anistia, então porque entraram com uma ação apenas contra a família de Lamarca? E porque não o fizeram com todos os demais militares com trajetórias similares que também foram anistiados? Se não entraram com ação contra eles, mas somente contra a nossa família, isso indica a conotação de uma clara de perseguição política.


Reunião Municipal do PSOL 2011 (Manaus/AM)

Companheiros (as),
próximo dia  24/09/2011, sabado, na sede do PSOL, localizada av Epaminondas,nº 368. Altos da Loja LIMAQ/SINGER - Centro. contamos com sua participaçãoe convidados, caso queira convidar  alguém para conhecer o PSOL.
ESTAREMOS DEBATENDO OS SEGUNTES PONTOS:

  • Conjuntura Estadual;
  • Conjuntura Municipal;
  • Conjuntura Sindical;
  • Balanço do PSOL;
  • Resoluções
  • Recomposição da Executiva Municipal;
  • Contribuição Finanaceira.


OBSERVAÇÃO:  Quem compareceu a  1º Plenária do  03/09/11.favor levar a pasta, se possivel vamos usar nossa camisa nova do PSOL.todos  filiados devem contribuir com a TAXA CONGRESSUAL DE R$  15.00  reais,prevista na Resolição Nacional.

COM URGENCIA:

Precisamos de contribuição  teórica para os debates, acima relacionados, escolha um ponto ou mais, escreva sua análise e nos mande. nesse email sec.psolmanaus@yahoo.com.br ou professorqueiroz500@hotmail.com.

FICA CONVOCADA A DIREÇÃO DA EXECUTIVA PSOL MANAUS PARA REUNIÃO DIA 22/09/11 AS 15:00 NA SEDE DO PSOL,PARA ORGANIZAR O DIA 24. OS DEMAIS  FILIADOS ESTAM CONVIDADOS.
 SAUDAÇÕES DE LUTAS.
Marcos Antonio de Queiroz (Professor Queiroz)
Presidente do PSOLMANAUS

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Resultado Final da Seduc-AM sairá final de setembro de 2011

Resultado final do concurso da Seduc deve sair apenas em setembro

A Seduc havia dado divulgado que o resultado final sairia no mês de agosto, mas, de acordo com a assessoria, só agora a empresa terceirizada finalizou a análise de títulos.
[ i ]Concurso da Seduc aconteceu em maio deste ano. Foto: Arlesson SicsúConcurso da Seduc aconteceu em maio deste ano.
Manaus - O Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe/UnB) deve divulgar até o fim deste mês de setembro a relação com os candidatos aprovados no concurso público promovido pelo Governo do Estado do Amazonas para preencher vagas na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A prova foi realizada no último dia 22 de maio. 7.703 vagas para cargos de níveis Fundamental, Médio e Superior.

A Seduc havia dado divulgado que o resultado final sairia no mês de agosto, mas, de acordo com a assessoria, só agora a empresa terceirizada finalizou a análise de títulos. Os candidatos aptos para contratação terão seus nomes homologados em Diário Oficial ainda em setembro e deverão ser convocados para o serviço funcional no início de 2012, 7.703 vagas para cargos de níveis Fundamental, Médio e Superior devem ser preenchidas.

Com um total de 84 mil inscritos, esse é o maior concurso público já realizado pelo Governo do Estado para a área da educação, de acordo com a Seduc. O último realizado pela secretaria foi desenvolvido em 2003 e ofereceu 5.998 vagas.

Informações mais do concurso entra nos dois sites:

http://www.portalamazonia.com.br/secao/noticias/amazonas/2011/09/09/seducam-homologa-lista-de-aprovados-no-concurso-ate-final-de-setembro/

http://www.d24am.com/noticias/amazonas/resultado-final-do-concurso-da-seduc-deve-sair-apenas-em-setembro/35305

Greve dos Correios parte II (15/09/2001)

Trabalhadores dos Correios aprovam greve em todo o país




CSP-Conlutas
 


• Greve por tempo indeterminado! Essa foi a resposta que os trabalhadores dos Correios deram à direção da empresa na noite desta terça-feira (13), em assembléias realizadas por todo país. A categoria deixou explicito que não aceitará a proposta rebaixada da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) de apenas R$ 800 de abono sem aumento real.

Dos 35 sindicatos filiados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), 34 já informaram que estão em greve. As assembléias expressaram a disposição de luta. Em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, havia mais de 6 mil trabalhadores decididos pela greve.


Trabalhadores dos Correios de Pernambuco aprovam greve

Para um dos representantes da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), que faz oposição à Fentect, Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, a empresa, após 50 dias de enrolação, acreditou que propondo um abono de R$ 800, a ser pago na sexta-feira próxima, dia 16/09, iria desmobilizar os trabalhadores e evitaria a paralisação. “A ECT quebrou a cara, a categoria não só repudiou a proposta da empresa como demonstrou nas assembléias que não vai aceitar proposta rebaixada”, enfatizou Rodrigues.

Segundo o membro da FNTC, os sindicatos governistas ligados à CUT e à CTB, pressionados pela a categoria, tiverem de dar um “giro à esquerda” e radicalizar. “Sabemos que vão tentar acabar com a greve o mais rápido possível. Os sindicatos da FNTC foram os primeiros a decretar a greve e rejeitar a proposta rebaixada da empresa e seguiremos com esta postura até que nossas reivindicações sejam atendidas”, finalizou.



Outra reivindicação que a FNTC luta para que seja um dos eixos da greve é o veto de Dilma à MP 532, aprovado pelo Congresso, que abre o capital da estatal e inicia, na prática, a privatização da empresa.

A empresa até o momento não apresentou nova proposta para a categoria. Nesta quarta-feira (14) acontece nova assembleia nacional para dar encaminhamentos à greve.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Greve dos Correios parte I (14/09/2001)

Greve faz Correios suspender serviços de entrega com hora marcada

Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta estão suspensos; empresa diz que não vai negociar salários enquanto paralisação continuar

Danilo Fariello, iG Brasilia | 14/09/2011 15:21

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    Foto: Agência Brasil Ampliar
    Com a paralisação, 17% da carga que deveria ser entregue nesta quarta-feira ficou parada
    O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, reconheceu hoje a paralisação média de um terço dos funcionários da empresa, sendo que a mobilização é maior nas áreas operacionais.
    Segundo ele, o serviço continua a ser oferecido, mas de forma precária, e podem ocorrer atrasos nas entregas. Já os serviços com hora marcada foram suspensos. A partir de hoje, portanto, não funcionam o Sedex Hoje, o Sedex 10 e o Disque Coleta.
    Pinheiro afirma que, por conta da paralisação, 17% da carga que deveria ser entregue nesta quarta-feira permaneceu parada. "Hoje deixaram de entregar 5,3 milhões de objetos", explica.
    O presidente dos Correios disse que a última proposta de reajuste salarial feita pela empresa foi retirada até que a greve se encerre. “Enquanto greve existir, não haverá negociação”, afirmou. Pinheiro ainda avalia se os Correios recorrerão à Justiça para interromper a greve.


    Segundo ele, a empresa possui um plano de contingência para operar com apenas uma parte dos funcionários. Nestes casos, por exemplo, o prazo de vencimento de faturas é uma das informações relevantes para priorizar as entregas. Ele prevê ainda que, se a greve persistir, os prazos de entrega das correspondências vão atrasar cada vez mais.

    quinta-feira, 8 de setembro de 2011

    Dilma e a Faxina

    A "Presidenta" e a "Faxina"


    Percival Puggina
    Nunca a gramática prestou tão bom serviço à compreensão das análises políticas quanto nestes dias de Dilma Rousseff. Quando o comentarista ou o analista a designa como "presidenta" a gente já sabe para que lado sopra o vento. É uma facilidade. Pois foi inspirado por essa facilidade que saí atrás do decantado e inabalável compromisso da presidente (pronto, já disse de que lado estou!) com a faxina. Faxina?

    China revisa crescimento econômico

    China revisa crescimento econômico


    7/9/2011 12:08,  Por Redação, com agências internacionais - de Pequim

    yuan
    A China mantém ritmo de crescimento

    A China revisou seu crescimento econômico para 10,4%, ante os 10,3% estimados anteriormente, disse a agência de estatística do país nesta quarta-feira. A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia mundial reflete uma produção maior que a esperada nos setores de serviços e industrial, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas.

    A China normalmente revisa seus dados de PIB duas vezes, e a revisão dos valores de 2010 feita nesta quarta-feira é a primeira. A agência de estatísticas informou que o tamanho do PIB de 2010 da China, pelos preços atuais, era de 40,1202 trilhões de yuans (US$ 6,28 trilhões), ou 321,9 bilhões de yuans a mais do que o inicialmente reportado.

    A produção do setor industrial chinês foi revisada em alta de 110 bilhões de yuans, para 18,7581 trilhões de iuans em 2010, um aumento de 12,4% ante o ano passado. Já a produção do setor de serviços foi revisada em 208,2 bilhões de yuans, para 17,3087 trilhões de yuan, alta de 9,6% ante 2009.

    A revisão do PIB mostrou que o setor de industrial representa 46,8% da produção total, seguido pelo setor terciário, ou de serviços, com 43,1%.

    A CIA é uma organização paramilitar

    "A CIA se converteu em uma organização paramilitar"


    Em entrevista à Carta Maior, o historiador e cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira aponta a ação clandestina de forças especiais dos Estados Unidos, Inglaterra e França nos conflitos da Líbia e Síria e critica a política externa do governo Barack Obama que usa os direitos humanos para justificar intervenções em qualquer parte do mundo. "A CIA mais e mais se torna uma força paramilitar, deixando de ser uma agência de espionagem e coleta de inteligência. Os drones, aviões sem pilotos, teleguiados pela CIA, já mataram, desde 2001, mais de 2.000 supostos militantes e civis em vários países", afirma Moniz Bandeira.



    Leia a seguir a entrevista concedida por email pelo professor Moniz Bandeira à Carta Maior, desde a Alemanha. Nela, entre outras coisas, ele defende que "a questão dos direitos humanos e defesa das populações civis virou uma panacéia que serve para que os Estados Unidos, França e Grã-Bretanha violem os direitos humanos, com rigorosos embargos comerciais, e massacrem populações civis, como o fizeram na Líbia". Além disso, sustenta, o presidente Obama pretende continuar, por outros meios, a política do presidente George W. Bush, mudando o conceito da OTAN e contrariando o próprio tratado que a criou, ao dar-lhe capacidade de polícia global.

    Carta Maior: Qual sua avaliação sobre a participação das grandes potências ocidentais, especialmente, Estados Unidos, Inglaterra e França nos conflitos da Líbia e da Síria. Há uma mesma lógica atuando nos dois casos?

    Moniz Bandeira – Não se trata de teoria conspiratória. Mas parece que uma há lógica na sucessão de levantes, que começaram na Tunísia, em dezembro de 2010, depois, simultaneamente, se estenderam ao Egito e à Síria, em 25/26 de janeiro de 2011, e à Líbia, em 17 de fevereiro. As condições econômicas, sociais e políticas estavam maduras. Em todos esses países, há enorme taxa de desemprego, afetando grande parte da juventude, extrema pobreza, inflação, alta dos preços dos alimentos e o ressentimento político provocado pela repressão das ditaduras.

    Está provado, porém, que militares das forças especiais dos Estados Unidos, Inglaterra e França, vestidos como árabes, os false-flaggers, i. e., um “illegal team”, com identidade de outros países, de modo que não sejam identificados como ingleses, americanos ou franceses, estão agindo abertamente na Líbia e não se pode descartar a possibilidade de que agentes da CIA e do M16 estejam também na Síria. É muito pouco provável que as manifestações de protestos, iniciadas em 26 de janeiro, ainda continuem e enfrentem, diariamente, dura repressão, oito meses depois, sem que recebam encorajamento e algum apoio da Santa Aliança – Estados Unidos, Inglaterra e França.

    O WikiLeak há poucos meses revelou um despacho secreto, da Embaixada dos Estados Unidos em Damasco, sobre “Next Steps For A Human Rights Strategy”, informando que, de 2005 até setembro de 2010, os Estados Unidos, com os recursos do Middle East Partnership Initiative (MEPI), tinham destinado secretamente aos grupos da oposição, na Síria, um montante de US$ 12 milhões, bem como financiado a instalação de um canal de TV via satélite, transmitindo para dentro do país programas contra o regime de Bashar al-Assad.

    Carta Maior - Além desse encorajamento estrangeiro, que outros fatores estariam contribuindo para alimentar os protestos na Síria?

    Moniz Bandeira - Há fortes fatores religiosos. A maioria da população, na Síria, é salafista, uma das correntes fundamentalistas do Islã, que pretende restabelecer os primitivos princípios religiosos do Corão. É similar ao wahhabismo, doutrina defendida por Muhammad ibn Abd-al-Wahhab e prevalecente, na Arábia Saudita. Bashar al-Assad, porém, é um alauita, outro segmento do Islã, que dissimula sua doutrina com a taqiyya, uma prática xiita, seita islâmica dominante no Irã e da qual mais se aproxima. Os alauitas constituem apenas 10% da população da Siria, mas dominam e controlam todo o aparelho do Estado há várias décadas, pelo menos desde os anos 1970, quando Hafez al-Assad, do Partido Ba’ath, assumiu a presidência da Síria.

    O Partido Ba’ath, fundado em Damasco, em 1946, mesclava ideais igualitários, socializantes, interesses nacionalistas e objetivos pan-árabes, contrários à política imperialista das potências ocidentais. Alguns dos seus ramos surgiram em outros países do Oriente Médio, como o Iraque, onde deteve o poder até a queda de Sadam Hussein, em 2003.

    Carta Maior - A Síria tem pouco petróleo. Qual ou quais os interesses dos Estados Unidos, França e Inglaterra na derrubada do regime de Bashar al-Assad?

    Moniz Bandeira – Esses países têm interesses estratégicos, como, por exemplo, assumir o controle de todo o Mediterrâneo e isolar politicamente o Irã, que está aliado à Síria, bem como restringir a influência de Rússia e China no Oriente Médio. A Rússia, desde 1971, opera o porto de Tartus, na Síria, e projeta reformá-lo e ampliá-lo, como base naval, em 2012, de modo que possa receber grandes navios de guerra, garantindo assim sua presença no Mediterrâneo. Consta que a Rússia também planejava instalar bases navais na Líbia e no Yemen. E, conforme se pode deduzir do telegrama da Embaixada dos EUA em Damasco, publicado pelo WikiLeaks, tudo indica que o financiamento da oposição, na Síria, desde 2005, pelo menos, visou à derrubada do regime de Bashar al-Assad, de modo a impedir o aprofundamento, no âmbito naval, de suas relações com a Rússia.

    Daí que dificilmente os Estados Unidos conseguirão estender à Síria a mesma estratégia que desenvolveu na Líbia, juntamente com a Grã-Bretanha e a França. A Rússia, ainda percebida pelos Estados Unidos como seu grande rival, e a China opõem-se até mesmo às sanções contra o regime de Bashar al-Assad.

    Carta Maior - Neste contexto, como pode ser entendida a doutrina do presidente Barack Obama no que se refere à política externa dos EUA?

    Moniz Bandeira – Em discurso pronunciado na George Washington University, em 28 de março de 2011, o presidente Obama declarou que, mesmo não estando a segurança dos americanos diretamente ameaçada, a ação militar pode ser justificada – no caso de genocídio, por exemplo – e os Estados Unidos podem intervir, mas não atuarão isoladamente. Sua doutrina, ele ainda delineou, claramente, em discurso pronunciado no Parlamento britânico, durante a visita de Estado que fez ao Reino Unido, entre 24 e 16 de maio de 2011. O presidente Obama disse que “we do these things because we believe not simply in the rights of nations; we believe in the rights of citizens”. E mais adiante declarou que carece de peso o argumento segundo o qual “a nation’s sovereignty is more important than the slaughter of civilians within its borders” e reafirmou que “nós” pensamos de modo diferente, aceitamos uma responsabilidade maior , i. e. que a comunidade internacional deve atuar quando um líder está ameaçando massacrar seu povo.

    Tais palavras significam que os Estados Unidos, juntamente com a Grã-Bretanha e França, não mais respeitarão as normas do Direito Internacional, estabelecidas desde o Tratado de Westphalia, com base nos princípios de soberania do Estado nação, e poderão intervir em qualquer país, a pretexto de razões humanitárias ou de defesa da população civil, mas para defender seus interesses econômicos e estratégicos. Assim os chefes de governo dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, se quiserem, podem alegar defesa da população indígenas ou do meio ambiente e invadir a Amazônia.

    A questão dos direitos humanos e defesa das populações civis virou uma panacéia que serve para que os Estados Unidos, França e Grã-Bretanha violarem os direitos humanos, com rigorosos embargos comerciais, e massacrar populações civis, como o fizeram na Líbia. Também o que pretende o presidente Obama, a continuar, por outros meios, à política do presidente George W. Bush, é mudar o conceito da OTAN, contrariando o próprio tratado que a criou, e dar-lhe capacidade de polícia global (global cop) para enfrentar as “novas ameaças”, como "terrorism and piracy, cyber attacks and ballistic missiles”.

    Isto significa que a OTAN deixará de ser uma organização de defesa da Europa Ocidental, objetivo de sua criação no tempo da Guerra Fria, e tornar-se-à um instrumento de agressão, pronta para intervir em todos os continentes, com ou sem autorização da ONU. As sanções contra a Síria são iguais às que foram aplicadas contra a Líbia, logo no início da rebelião. É a primeira forma de intervir num conflito interno em qualquer outro país, onde o governo, que não convém à Santa Aliança, reprima as manifestações para derrubá-lo. Mas evidentemente que as manifestações populares contra as ditaduras na Arábia Saudita, Bahrein e Jordânia, clientes dos Estados Unidos, não podem esperar qualquer ajuda.

    Carta Maior - Qual seria mais especificamente essa estratégia dos Estados Unidos no Oriente Médio e norte da África e quais as forças especiais estariam atuando na Líbia e, provavelmente, na Síria?

    Moniz Bandeira - A estratégia atual dos Estados Unidos, implementada pelo presidente Obama, que bem mereceu o Prêmio Nobel da Paz, é ampliar o uso de drones, aviões armados e manejados eletronicamente pela CIA, para matar supostos terroristas, militantes da al-Qa’ida e Talibans, bem como centenas de civis desarmados atingindo-os, como o faz, na Líbia, Afeganistão, Paquistão e Yemen. Essa é a nova tarefa da CIA, que mais e mais se torna uma força paramilitar, deixando de ser uma agência de espionagem e coleta de inteligência. Os drones (General Atomics MQ-1 Predator) esses aviões sem pilotos, teleguiados pela CIA, já mataram, desde 2001, mais de 2.000 supostos militantes e civis, e o Centro Contra-Terrorismo (CTC) dispõe atualmente de cerca de 2.000 empregados que trabalham na localização dos alvos e atacá-los.

    O presidente Obama incrementou essas operações, sem arriscar a vida de soldados, bem como o emprego de uma outra organização militar, que matou e interrogou mais supostos terroristas e Talibans do que a CIA, desde 2001. Trata-se do Joint Special Operations Command (JSOC), à qual está subordinada a U.S. Navy SEAL’s (Sea, Air and Land Teams), integrante do Comando de Operações Especiais (USSOCOM), unidade encarregada de operações terrestres e marítimas, guerra não-convencional, resgate, terrorismo e contra-terrorismo etc. Um comando do SEAL’s recebeu a missão de assassinar Osama Bin Laden, no Paquistão, em 2 de maio de 2011. Essa é tarefa da qual o Joint Special Operations Command (JSOC) está incumbida, executando o programa desenvolvido pelo general David Petraeus, atual diretor da CIA, quando comandava as tropas americanas no Afeganistão .

    O programa consiste em “kill/capture”, i. e. matar/capturar, em qualquer região do mundo, terroristas e Talibans, constantes de uma Joint Prioritized Effects List (JPEL), que inclui até americanos, com fundamento em premissa legal ou extra-legal, conforme diretriz classificada do presidente Obama. O tenente-coronel John Nagl, assessor de contra-insurgência do general David Patraeus no Afeganistão, considerou o JSOC uma maquina de matar contra o terrorismo em uma escala quase industrial ("an almost industrial-scale counterterrorism killing machine"). Trata-se, na realidade, de um comando de esquadrões da morte do Pentágono.

    Comandos do SEAL’s atuaram na Líbia, assim como da Direction générale de la sécurité extérieure (DGSE), da Brigade des forces spéciales terre (BFST), subordinada ao Commandement des opérations spéciales (COS), M16 (Inteligence Service) e Special Air Service SAS (Special Air Service) como se fossem árabes, os chamados “rebeldes” não teriam avançado muito além de Benghazi. No dia 20 de agosto, dia em que acabou o jejum do Ramandan, um navio da OTAN desembarcou no litoral da Líbia com armamentos pesados, antigos jihadistas e tropas especiais do JSOC, dos Estados Unidos, BFST, da França, e SAS, do Reino Unido, sob o comando de oficiais da OTAN, que procederam à conquista de Trípoli.

    O balanço da Operation Odyssey Dawn, após 100 de bombardeios da OTAN, é trágico: 6.121 civis mortos e feridos. De acordo com as estatísticas 3.093 homens foram mortos ou feridos; 260 mulheres mortas e 1.318 feridas; 141 crianças mortas e 641 feridas. A OTAN, por sua vez, informa que nos primeiros 90 dias executou um total de 13.184 saídas, entre as quais 4.963 ataques, danificando ou destruindo mais de 2.500 alvos militares, cerca de 460 instalações militares, 300 sistemas de radar depósitos, além de aproximadamente 170 locais de controle e comando, e cerca de 450 tanques. O informe não se refere aos escombros que os bombardeios deixaram nem às milhares de vítimas civis, mortos, feridos, desabrigados e refugiados.

    Esse foi o resultado da Resolução 1.973, do Conselho de Segurança Nacional, autorizando a Santa Aliança (Estados Unidos, Inglaterra e França) a proteger os civis na Líbia e que ela aproveitou para legitimar o direito de intervenção humanitária, para defender seus próprios interesses econômicos, geopolíticos e estratégicos no Mediterrâneo. Este é modo americano de fazer guerra (American Way of War), adotado pelo presidente Obama. Mas os objetivos são os mesmos do presidente George W. Bush, atendendo aos interesses do complexo industrial-militar. Sem agir unilateralmente, ele deseja realizá-los, transformando por meio da OTAN, de forma a repartir os custos com seus membros, principalmente Inglaterra, França e Alemanha, a fim de evitar que a guerra seja percebida como entre os Estados Unidos e a Líbia ou outro qualquer país.

    Carta Maior - Qual deve ser o futuro da Líbia? O senhor acredita que Kadafi possa resistir e permanecer como um agente político influente no conflito?

    Moniz Bandeira – É difícil prever. A Líbia é um é um país ainda divido em tribos e a lealdade é essencial entre seus membros. De qualquer modo, vivo ou morto, o espectro de Kadafi, como comandante ou mito, estará por trás da resistência, que mais dias menos dias começará a ocorrer, porque as tribos não aceitarão a presença de tropas estrangeiras no seu território. Porém, uma das conseqüências da “intervenção humanitária” na Líbia será provavelmente a proliferação das armas nucleares. Como muito bem observou Leonam dos Santos Guimarães, especialista em energia nuclear e assistente da presidência da Eletrobrás – Eletronuclear, a queda do regime de Kadafi faz supor que a aquisição de armas nucleares se tornará atraente para países que se sentem ameaçados pelo Ocidente.

    Kadafi, em dezembro de 2003, concordou em abandonar seu programa de armas nucleares, com base em importações clandestinas de urânio natural, centrífugas e equipamentos de conversão, bem como a construção de instalações em escala piloto. Se ele tivesse avançado no seu programa de armas nucleares, a campanha de bombardeios da OTAN teria ocorrido? – perguntou Leonam dos Santos Guimarães. A resposta seria certamente não. O direito internacional só é respeitado quando certo equilíbrio de poder e as nações ameaçadas têm possibilidade de retaliar. Daí que é quase impossível impedir que o Irã desenvolva suas armas nucleares, não para atacar Israel, mas para defender-se da Santa Aliança ocidental.

    Carta Maior - No caso da Síria, qual sua avaliação sobre a posição de outras nações árabes e de Israel frente esse conflito?

    Moniz Bandeira – Não há informações sobre o envolvimento de outras nações árabes nem de Israel na Síria, onde ainda não há propriamente uma guerra civil, mas uma onda de protestos. Todos estão a observar o desdobramento da crise. A Síria é também um país dividido em muitas tribos e o governo conta com o respaldo do Irã, que provavelmente lhe fornece ou pode fornecer armamentos. São muito estreitas suas conexões com o Hizbollah, uma força política e paramilitar xiita, com sede no Líbano. Consta que o Hizbollah dispõe de 30.000 a 40.000 mísseis, apontadas para Israel e difícil de localizar, porque estão instalados em casas de família. Essa é uma das razões – e há outras – pelas quais nem os outros países árabes nem Israel querem envolvimento nos protestos que ocorrem na Síria.

    Carta Maior - Os tambores da guerra estão soando em Israel, diante da perspectiva do reconhecimento do Estado palestino na ONU, em setembro. Há, na sua avaliação, possibilidade de uma generalização de conflitos no Oriente Médio?

    Moniz Bandeira - Está previsto que Mahmoud Ridha Abbas (Abu Mazen), como presidente da Autoridade Palestina, pronunciará um discurso, na 66ª Assembléia Geral da ONU, a realizar-se entre 21 e 27 de setembro, no qual solicitará o reconhecimento do Estado palestino. A admissão de um novo membro requer o apoio de 2/3 dos Estados presentes na Assembléia Geral. Se obtiver esse quorum a Autoridade Palestina, como Estado, será admitida apenas na condição de observador, pois o reconhecimento como membro pleno depende de aprovação do Conselho de Segurança da ONU e, por conseguinte, do voto dos Estados Unidos.

    Há uma enorme expectativa em Israel, com respeito à posição que os Estados Unidos tomarão na Assembléia Geral, posto que, no dia 5 de setembro, vazou para a imprensa a informação de que o ex-secretário de Defesa do presidente Barack Obama, Robert Gates, antes de aposentar-se este ano, criticou duramente o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanjahu, em reunião do National Security Council Principals Committee dos Estados Unidos. Gates chamou Israel de “an ungrateful ally” (aliado ingrato) e disse que a política de Netanyahu põe seu país em perigo, recusando-se a negociar, em meio a um crescente isolamento e o desafio demográfico, se mantém o controle da Faixa de Gaza. Presume-se que a notícia vazou, com o beneplácito de Obama, como advertência a Netanyahu.

    O que se teme, em Tel Aviv, é que milhões de palestinos, exilados nos demais países árabes, marchem para as fronteiras de Israel e avancem sobre seu território, se a Assembléia Geral da ONU reconhecer o Estado palestino, ainda que como observador. Os palestinos exilados não dispõem de outra nacionalidade porque, nos anos 1950, a Liga Árabe decidiu não concedê-la, a fim de manter na agenda a necessidade de criar o Estado palestino.