A CONSTRUÇÃO DA BR 174. A abertura dessa estrada é um dos episódios mais abafados e sinistros da história das Forças Armadas brasileiras no período do regime militar. Encobertos pelo AI-5, os militares brasileiros cometeram um dos maiores genocídios da história mundial, muito pior que o dos armênios pelos turcos ou dos judeus pelos nazistas. Em 1968, quando começou a revolta dos waimiris-atroaris contra a abertura da BR-174, sua população era estimada em mais de 6.000 pessoas; em 1974, quando as forças armadas terminaram sua campanha de extermínio, eles eram menos de 500. Dessa guerra restaram, pelo lado dos waimiris-atroaris as lendas dos grandes chefes guerreiros Maiká, Maroaga e Comprido (nomes dados pelos brancos, na verdade seus nomes seriam, muito provavelmente, Sapata e Depini) todos mortos pelo exército. O episódio mais infame dessa guerra, documentada por entrevistas gravadas pelo padre Silvano Sabatini com índios wai-wai, waimiris-atroaris e sertanistas e relatadas no livro Massacre (Edições Loyola, 1998) foi o bombardeio pela Força Aérea Brasileira de uma maloca em que os waimiris-atroaris realizavam uma festa ritual. Nas lembranças na história dos waimiris-atroaris o crime é definido como "maxki" (feitiço). O feitiço que caiu do céu era, na verdade, bombas químicas despejadas pela FAB sobre um povo indefeso. As terras dos waimiris-atroaris abrigam entre outras riquezas a província mineral de Pitinga, uma das mais ricas do mundo e a maior jazida de cassiterita do planeta.
É provável que haja o risco de um novo genocídio contra as populações indígenas de Roraima.
Nossos índios talvez tenham o mesmo fim dos cavalos selvagens de Roraima.
Os principais inimigos dos "arrozeiros"
4 comentários:
Olá! Ainda há este livro (Massacre) para vender, pois não consegui achar pelas lojas de Manaus?
Só comprando pela internet amigo
aaaaaaaaaaaaaaaaaffffzzzzzzzzzzzzzzz;;;;;;;;;;;; não encontrei nada q queria.
Ja procurei esse livro e não consegui nada, sabe onde posso encontrar?
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