Londres
Protestos estudantis se intensificam com ocupação do Ministério das Finanças
Os protestos contra as medidas do plano de austeridade do governo britânico se intensificaram na última quinta-feira. Estudantes ocuparam o Ministério das Finanças e houve confronto com a tropa de choque
11 de dezembro de 2010
Milhares de estudantes universitários e secundaristas realizaram protestos no centro de Londres na última quinta-feira.
Desta vez, cerca de 20 mil estudantes, segundo informações oficiais, fizeram passeata pelo centro da capital e passaram pelo Palácio de Buckingham, residência da rainha Elizabeth II e depois se dirigiram à praça do Parlamento, em Westminster.
Os conflitos se intensificaram, ocorreram confrontos de rua entre os manifestantes e a polícia em frente à Universidade de Londres. Os estudantes ocuparam o prédio do Ministério das Finanças e foram reprimidos pela tropa de choque. 33 estudantes foram presos e 43 ficaram feridos.
Segundo informações oficiais, um carro que levava o príncipe Charles e sua esposa foi sujado de tinta branca e teve o vidro danificado. Cerca de 200 manifestantes gritaram “cortem as cabeças deles” (AFP, 10/12/10), demonstrando a enorme insatisfação contra a realeza britânica que vive à custa dos impostos da população de Londres.
O plano aprovado pelo governo permite às universidades aumentar as anuidades em três vezes (10 mil euros). A medida foi aprovada pela Câmara dos Comuns, por uma margem de 21 votos. A reformafaz parte do pacote de austeridade do governo britânico que inclui ainda cortes de até 40% no orçamento do ensino superior e a eliminação de bolsas para professores. O plano entrará em vigor em 2012.
Os protestos fazem parte da onda de manifestações iniciadas no mês passado contra o pacote de austeridade do governo britânico.
Em uma das manifestações em novembro, os estudantes ocuparam a sede do Partido Conservador e em outra enforcaram um boneco representando o vice-primeiro ministro, Nick Clegg, após este ter afirmado que os estudantes deveriam analisar os planos de aumento. "Examinem as nossas propostas antes de irem para as ruas, ouçam e analisem antes de se manifestarem e de gritarem", tinha afirmado no dia anterior, o vice-primeiro ministro. Também nessa passeata os estudantes destruíram uma viatura policial a pauladas.
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