DE SÃO PAULO
Documentos usados pelo PSD para formalizar a criação de diretórios municipais em pelo menos três Estados reproduzem o mesmo texto para descrever diferentes reuniões que teriam sido realizadas por militantes do novo partido, repetindo até erros de português, informa reportagem de Daniela Lima, publicada na Folha desta quinta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A criação da nova sigla é bancada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A Folha obteve cópias das atas que descrevem a formação dos diretórios do PSD em 11 cidades, espalhadas pelas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país.
Na semana passada, o PSD entrou com os três primeiros pedidos de registro definitivo nos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) do país: São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. O DEM e o PTB prometem contestar na Justiça todos os passos da sigla.
Entre as irregulares já apontadas pela Justiça Eleitoral estão a assinatura falsificada de eleitores já mortos. No município de Minaçu (366 km de Goiânia), foi rejeitada mais da metade das assinaturas de uma lista de apoio ao PSD. Parte delas era de eleitores que se declararam analfabetos nas últimas eleições.
Das 1.645 assinaturas coletadas, apenas 634 foram comprovadas pelo cartório eleitoral da cidade goiana, que tem 31 mil habitantes.
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