quarta-feira, 2 de março de 2011

Educação Para Além do Capital

Postado por Osvaldo de Souza
Estou relendo o livro de Mészáros, “Educação para além do capital”, e retirando trechos que considero interessantes. Postarei alguns pontos que considero essenciais na obra.
Neste trabalho Mészáros critica o sistema do capital e faz uma abordagem das possibilidades da educação perante este sistema. Qual pode ser o papel da educação frente a lógica do capital? Esta é uma das questões que Mészáros tenta responder.
Mészáros sustenta que a educação deve ser sempre continuada, permanente, senão não é educação. Defende a existência de práticas educativas que permitam aos educadores e educandos trabalharem as mudanças necessárias para que o capital não explore mais o tempo de lazer do ser humano, pois as classes dominantes impõem um trabalho alienante com o objetivo de manter o homem dominado. (MÉSZÁROS, 2005, pg. 12)
Segundo ele a educação libertadora teria como função transformar o trabalhador em agente político, que pensa, age, e usa a palavra como arma para transformar o mundo. Para ele, uma educação para além do capital deve, portanto, andar de mãos dadas com a luta por uma transformação radical do atual modelo econômico e políticohegemônico (MÉSZÁROS, 2005, pg.12).
Durante o livro Mészáros vai nos fazer pensar que a educação como está serve bem aos interesses do sistema, pois é usada como mecanismo de perpetuação do modelo vigente. Uma educação nova requer também uma sociedade nova. Educação para além do capital implica pensar uma sociedade para além do capital (MÉSZÁROS, 2005, pg. 13).
Propõe ainda que as reformas comumente propostas não serão suficientes para transformar o modelo ou causar uma mudança qualitativa da sociedade como um todo. Estas reformas acabam por beneficiar o próprio sistema capitalista, já que etão inseridas no sistemas e não conseguem causar uma revolução de dentro. Desta forma é necessário romper com a lógica do capital como um todo para contemplarmos uma alternativa real educacional e sistêmica da sociedade.
Pensando nas instituições que contribuem para a perpetuação do sistema e na possibilidade de rompimento deste, e pensando em educação a primeira que nos vem a cabeça é a escola. A Escola formal e instituída. Para esta instituição é alto o grau de internalização dos mecanismos do sistema. Nesta abordagem os educandos vêem asociedade como algo dado, posto, insubstituível e imutável. Não acreditam numa possibilidade de outro mundo possível. O papel da escola que funciona dentro do sistema é de perpetuação, consenso e conformidade. Qualquer atitude mais radical e/ou fora dos padrões é punida com severidade.
Desta forma, as soluções não podem ser formais e sim essenciais, em outras palavras elas devem abarcar a totalidade das práticas educativas de toda a sociedade (MÉSZÁROS, 2005, pg. 45).
O livro ainda trás muitas outras idéias e para este texto não se tornar demasiado longo, trarei as outras idéias em outros momentos.

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