Dossiê: tucanato e Folha desmascarados
4/3/2011 11:05, Por José Dirceu - de São Paulo
Vocês se lembram do tal “dossiê” sobre os gastos de Fernando Henrique Cardoso com cartões corporativos quando ele era presidente da República? Recordam-se o quanto o inexistente dossiê foi explorado à exaustão pela oposição na campanha eleitoral contra a presidenta Dilma Rousseff?Lembram-se do estardalhaço que fizeram, então, com intuito eleitoreiro e oportunista? E das falas empoladas e indignadas dos caciques tucanos incensadas diariamente pela mídia que os apoiava com páginas e páginas sobre o suposto dossiê?
Pois bem, agora o Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) arquivou o inquérito que apurou o “dossiê” que a oposição dizia ter sido produzido na Casa Civil durante o governo Lula. Simplesmente porque o documento elaborado era uma planilha de custos, não continha nenhuma informação sigilosa. Não era dossiê coisa nenhuma. Simples assim, meus caros.
É o começo do
fim da panacéia?
Foi uma tempestade em copo d’água produzida pelos tucanos para utilização oportunista – claro, ajudado pela mídia que cumpriu direitinho sua função de porta-voz e linha auxiliar do tucanato e aliados e de sua campanha eleitoral. Confirma-se, agora, com o arquivamento, o que eu sempre escrevi aqui: tudo não passava de mais um factóide criado pelos oposicionistas.
Desmacarados, portanto, o tucanato e (o diário conservador paulistano) Folha de S. Paulo (um dos jornais que mais entrou nessa história) que desde 2008 transmitem à opinião pública a falsa ideia a respeito do tal dossiê. Quiseram transformar um documento de rotina, uma planilha de custos, de elaboração comum no serviço público em dossiê que investigava gastos do governo FHC.
Tudo para queimar a candidatura presidencial de Dilma Rousseff – ela era, na época, a ministra-chefe da Casa Civil. Mas a Folha, agora, não dá o braço a torcer e diz hoje: “Caberá à Justiça Federal acatar o pedido do Ministério Público que continua investigando, em outra ação, se houve mobilização da estrutura da Casa Civil para fins políticos – o que configuraria improbidade administrativa”.
A presidenta Dilma Rousseff já repetiu inúmeras vezes que nunca se tratou de um dossiê, mas sim de uma planilha de dados. Será que o arquivamento do inquérito é o começo do fim desta panacéia?
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