Quebra do monopólio postal
Mais uma articulação dos capitalistas para privatizar os Correios
Mais uma articulação dos capitalistas para privatizar os Correios
A defesa da quebra do monopólio postal dos Correios, sob a justificativa do “livre mercado”, é mais um flanco de ataque para privatizar a ECT
25 de novembro de 2010
Com as recentes denúncias do ex- diretor de Gestão de Pessoas da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), Pedro Magalhães Bifano, que revelou o esquema da direção dos Correios para sucatear a empresa e assim criar um pretexto para a privatização, novas informações estão sendo reveladas.25 de novembro de 2010
Há alguns anos, os Correios sofrem com os ataques dos capitalistas que fazem uma campanha aberta contra o monopólio postal garantido pela lei Postal, criada em 1978. Segundo a lei, a única empresa que tem autorização para realizar o trabalho de entrega e distribuição de correspondências e telegramas são os Correios. A lei, assim como a criação da própria ECT, foi uma conquista da luta do povo brasileiro. Ela garante que os trabalhadores e a população em geral têm garantido seu direito ao acesso ao serviço postal, sem ficar nas mãos dos capitalistas que querem explorar o serviço em busca dos maiores lucros.
A discussão da quebra do monopólio postal veio à tona com maior força, conforme o governo e a direção da ECT começaram a investir em seu plano de privatização. No final de agosto, ocorreu o 1º Fórum Brasileiro de Pesquisa do Instituto de Direito Comparado (IIDC), em São Paulo. Na reunião, estiveram presentes empresas do setor de logística e encomendas expressas, elas se juntaram com juristas para discutir um único ponto, chamado “Globalização, o Monopólio Postal e a Lei Postal”.
O evento nada mais foi do que uma articulação dos capitalistas, de juristas da direita representantes do imperialismo e de políticos burgueses para discutir a melhor maneira de atacar os Correios como empresa estatal. O que está em jogo para esses setores é como fazer para extrair o maior lucros possível a partir da exploração da empresa e de seus trabalhadores.
A abertura do evento foi feita pelo deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP), criador do Projeto de Lei nº 3677/08, que prevê a quebra do monopólio postal, sob o disfarce de propor a definição de “carta”, para abrir as portas para que as empresas privadas do setor de logística e encomendas passem a entregar objetos que são exclusividade da ECT.
Fica claro que o projeto do deputado do PSC está diretamente ligado ao lobby dos capitalistas do setor. O próprio deputado é o presidente do IIDC.
Toda a discussão do fórum ocorrido em agosto esteve em torno de defesa dos princípios neoliberais da economia “livre”, “competitiva” e “moderna”. Segundo os capitalistas, que agem de acordo com os normas do imperialismo, o monopólio postal seria um terror para as 15 mil empresas do setor.
Ação dos capitalistas internacionais
Toda a pressão para a quebra do monopólio postal revela que o imperialismo utiliza vários flancos para investir contra os Correios para privatizar a empresa.
Toda a ideologia neoliberal defendida pelos capitalistas não passa de uma cobertura com o objetivo de roubar o povo brasileiro. Esse é o único objetivo dos capitalistas internacionais. A população e os trabalhadores brasileiros aprenderam com os enormes prejuízos das centenas de privatizações que ocorreram no País, principalmente nos oito anos de FHC. Por isso, para privatizar os Correios, os capitalistas estão atacando por todos os lados para extrair o máximo de lucros da empresa estatal, à custa da exploração do povo brasileiro.
A defesa aberta de um “estado com menos peso” na economia esconde serve apenas para os capitalistas internacionais, que querem destruir o serviço dos Correios brasileiros, lucrando com um serviço que é direito de toda a população. O que está escondido nessa defesa é que os países imperialistas da Europa e os Estados Unidos – que estão por trás da privatização da ECT – em crise, estão distribuindo bilhões e bilhões de dólares do Estado para os capitalistas não falirem.
Um dos flancos de ataque dos capitalistas é a defesa da quebra do monopólio postal o outro é o projeto, de autoria do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) do governo Lula.
Está mais do que claro que a ECT é a primeira vítima na mira dos capitalistas que querem roubar a população brasileira através da privatização. Os trabalhadores dos Correios devem se juntar aos demais trabalhadores para barrar os ataques do imperialismo contra os Correios – um dos maiores patrimônios do povo brasileiro.
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