DEM a beira da extinção

De olho
Perto do fim

Morte de Tuma coincide com a extinção do DEM, ex-baluarte da direita brasileira

30 de outubro de 2010

Pode se dizer que a morte de Romeu Tuma simbolize a falência da política de direita no País. Em particular, a morte de Tuma coincide com o fim do DEM que está passando por uma fase de completa decadência.
O partido que recentemente era conhecido como PFL, do antigo cacique da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, tentou em vão se reciclar com a mudança de nome. O fracasso das últimas eleições para o DEM vai levar o partido para o limbo político. 
A crise do DEM expressa de conjunto uma crise da direita brasileira que desde o final da ditadura militar vem perdendo apoio da população e utilizando de artimanhas para se camuflar para continuar existindo. O próprio DEM é uma variação do antigo PFL que por sua vez tem origem no principal partido do regime militar a Arena (Aliança Renovadora Nacional).
Estas mudanças não garantiram uma recuperação do partido, mas um aprofundamento da crise. Desde então não assumiu mais o poder e foi perdendo cada vez mais espaço político.
No mesmo caminho do DEM estão o PMDB e o PSDB. O primeiro que era considerado oposição oficial ao regime militar possui alguma sobrevida política graças às alianças com o PT. E o PSDB que foi uma dissidência “à esquerda” do PMDB e se consolidou como ponto de apoio da direita no Brasil, atualmente caminha para o mesmo destino trágico do DEM. A impopularidade notória de José Serra e de outras figuras da direita brasileira como José Sarney, FHC etc. corroboram o fato de que há uma enorme oposição popular contra estes partidos e de que estes partidos estão em vias de extinção.
O regime torna-se cada vez mais dependente de Lula e do PT, o que indica a sua debilidade.