segunda-feira, 20 de junho de 2011

Aviso aos carteiros de todo o Brasil

Aos trabalhadores dos Correios da base dos Sindicatos do Amazonas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba
Trabalhador! Querem usar seu sindicato para dividir o movimento dos correios pelas suas costas


18 de junho de 2011

PSTU/Conlutas quer criar uma federação com menos de 10% da categoria para facilitar a privatizacão 
O PSTU-Conlutas aliciou alguns sindicalistas como Emanuel do Sintect-PB, José Rodrigues do Sintect-PI, uma parcela da diretoria do Sintect-RS, a diretoria do Sintect-AM, do Sintect-PE, do Sintect-SJO e Sintect-VP para fazer seus sindicatos romperem com a Fentect e criar uma pequena federação que não possui nem 10% de todos os trabalhadores dos correios.
Esse fato pode ter conseqüências desastrosas para todo o movimento dos correios e facilitar o caminho da privatização e das demissões.
Nesse momento estão discutindo a criação de uma Frente que dizem, mentirosamente, que é para combater os pelegos e governistas dos sindicatos e da federação, mas que em pouco tempo será usada para dar um golpe contra os trabalhadores e será validada como uma nova federação.
Um exemplo desastroso dessa política ocorreu nos petroleiros, onde também houve discussões dentro da burocracia sindical, e logo foi criada a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), fato que fortaleceu a burocracia e facilitou o caminho da privatização.
Vale lembrar que todo esse processo está acontecendo nas costas dos trabalhadores que não são informados dessas decisões, não participam de nenhuma discussão democrática e não há acordo nem na direção dos sindicatos que compõe a Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC). É tudo feito entre quatro paredes, sem discussãoo com a base.
Estão querendo dividir o movimento dos correios 
O fato acima demonstra uma clara política de dividir o movimento dos correios que terá como conseqüência inevitável o enfraquecimento da luta contra a privatização. É uma verdadeira traição e covardia, pois os patrões continuariam unificados e só para se ter uma ideia existiriam duas campanhas salariais, uma para cada federação, prejudicando principalmente a federação menor porque possui menor poder de pressão contra a empresa e sempre ficaria completamente à reboque das negociações dos traidores do PT/PCdoB na Fentect, sem nenhuma força para alterar as suas decisões.
Em decorrência dessa política abre-se caminho para quebrar uma das maiores conquistas dos trabalhadores dos correios que é a isonomia salarial em escala nacional. Estabeleceria pela primeira vez nos Correios um desejo antigo da direção da empresa, a de ter salários regionalizados, política da campanha eleitoral do candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, representante do partido que realizou as maiores privatizações do país, defendendo a estadualização dos correios.
A criação da nova federação alivia a pressão dos trabalhadores e sindicatos sobre a burocracia da Fentect 
A saída dos sindicatos da Fentect é deixada de lado pelo PT/PCdoB porque vai retirar a pressão sobre a burocracia exercida pela oposição. Um bom exemplo é o que ocorreu com o acordo bianual, em razão do qual foram criados dois blocos dentro da verdadeira federação (Fentect), um de oposição ao acordo e outro favorável. O bloco da oposição formado por 17 sindicatos imobilizou o bloco de 18 sindicatos favorável ao acordo bianual e criou uma enorme crise dentro da burocracia, barrando os ataques da empresa para a privatização.
A saída dos sindicatos da federação unitária (Fentect) para a federação anã (FNTC) representa uma perda de cinco a sete votos, com isso o número de sindicatos oposicionistas cairia para dez ou doze e fortaleceria o bloco favorável à privatização, que continuaria com 18 sindicatos. Prestam um grande serviço à burocracia sindical do PT e do PCdoB que retomariam uma maioria folgada na federação.

Querem tirar essa pressão no momento em que o correio está sendo privatizado

O mais absurdo da “nova federação” é que ela surge no momento de em que a ECT está sendo privatizada. No momento em que os trabalhadores estão em luta contra a burocracia do PT/PCdoB e a privatização, o PSTU/Conlutas tenta, cinicamente, convencer meia dúzia de sindicatos que a Fentect é pelega, burocrática e antidemocrática a formar a “nova federação”. Estão abandonando a federação ao bel prazer dos traidores para que possam continuar impondo derrotas à categoria, no momento em que a categoria deveria estar unida para derrotar a frágil burocracia do PT/PCdoB na Fentect. Estão na prática jogando a categoria aos leões e facilitando a privatização da empresa. 
O que está por trás da montagem dessa arapuca contra os trabalhadores? 
O que está por trás dessa arapuca é manobra rasteira de quem está preocupado em garantir privilégios miúdos em detrimento da luta dos trabalhadores. Com a criação da “nova federação” recolheriam dinheiro dos sindicatos filiados para a “central” sindical anã, a Conlutas, ou seja, para os sindicalistas do PSTU, e negociariam com a empresa a liberação de dirigentes sindicais, formando uma nova burocracia como a Fentect, com os mesmos privilégios.
Estão entregando a cabeça dos ecetistas numa bandeja para os patrões em troca de dinheiro e liberação.
 Quem está por trás dessa arapuca? 
O grupo que está por trás de toda essa operação favorável a privatização é o PSTU/Conlutas. Há tempos o PSTU/Conlutas está apoiando a burocracia do PT/PCdoB nos correios, formando o Bando dos Quatro (PT/PCdoB/Psol/PSTU). Atuaram juntos em todas as políticas de ataques aos trabalhadores no PCCS da escravidão, na sabotagem ao Bloco dos 17, na luta contra o acordo bianual, na intervenção nos sindicatos, entre muitas outras traições. Falam sempre do PT, mas sempre estão com eles e suas manobras estão favorecendo a burocracia formada pelo PT em todos os locais de intervenção do PSTU.
A prova de que são aliados e não inimigos do PcdoB-PT é o fato de que formaram na última eleição, no maior sindicato do país, o Sintect-SP, uma chapa com ninguém menos que o autor do acordo bianual, desmoralizando completamente qualquer idéia de oposição ao acordo bianual e aos traidores da categoria.
É um partido de oportunistas da pior espécie, que transformam o movimento sindical em um cabide de empregos. Agora convenceram alguns sindicalistas acovardados com a pressão da empresa com a privatização e a ameaça de perderem seus sindicatos a entrar num chiqueirinho sindical para se esconderem da luta contra a burocracia. 
Nesse exato momento estão mancomunados com o PT e PCdoB 
Neste momento o PSTU/Conlutas está atuando em conjunto com o PT/PCdoB na traição que representa a Medida Provisória – 532. Mesmo sabendo que essa é mais uma manobra do PT e do PCdoB para impor a privatização da ECT e desviar a atenção da luta dos trabalhadores contra os ataques privatistas da empresa. O PSTU/Conlutas para consagrar essa traição com um ar de “esquerda” e combativo dá apoio a essa política corrupta.
Estão facilitando as manobras da empresa e do PT/PCdoB para impor a privatização aos trabalhadores, e retomar novamente seu posto no Bando dos Quatro. 
Não à divisão do movimento dos correios 
Essa política covarde e traidora do PSTU/Conlutas deve ser amplamente denunciada e deve ser feito um chamado aos trabalhadores para não aceitar a divisão da categoria e garantir a unidade dos trabalhadores e a luta para derrotar o frágil bloco formado pelo PT/PCdoB.
Não se deve aceitar a troca de dinheiro e liberação de dirigentes pela luta dos trabalhadores contra a privatização realizada entre PT/PCdoB/Direção da Empresa e PSTU/Conlutas. 
Pela criação de uma oposição para derrubar o PT, PCdoB e o PSTU
Os trabalhadores devem se unir em torno da uma política de combate à burocracia do PT e do PCdoB e repudiar as tentativas de sabotagem do PSTU contra a unidade da categoria. É notório que o bloco PT/PCdoB se encontra fragilizado neste momento devido ao repúdio da categoria ao apoio dado por esse setor à privatização da empresa.
Não à divisão da categoria!
Fora os pelegos corruptos das entidades dos trabalhadores!

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