quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sindicalistas de oposição dos Correios em crise e o PSTU aliado ao PT-PC do B.

Liquidação total
Sindicalistas de oposição também estão sendo comprados pela direção da ECT e a burocracia do PT-PCdoB
Dirigentes sindicais do MRL e da ASS, que faziam parte da oposição ao acordo bianual nos Correios, estão recebendo cargos de chefia nos Correios e o PSTU está recebendo de presente o reconhecimento de uma nova federação anã, para garantir cargos e liberações

22 de junho de 2011


Para colocar em prática o maior ataque contra os trabalhadores dos Correios, o governo e a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) promovem um verdadeiro mercado de compra e venda de sindicalistas. Somente desde que o governo do PT chegou ao poder, em 2003, contas aproximadas apontam que cerca de 500 dirigentes sindicais ganharam cargos de chefia na empresa, em troca da traição dos cem mil trabalhadores ecetistas.
Há uma lista enorme de ex-sindicalistas que compõem, nesse momento, inclusive posições que os colocam diretamente em oposição aos trabalhadores. Muitos desses ex-sindicalistas fazem parte das mesas de negociação da empresa contra a categoria. O caso mais recente foi a comissão de negociação da ECT sobre a PLR, que era composta praticamente toda de ex-sindicalistas que receberam cargos, inclusive diretorias regionais. Estão parasitas dos trabalhadores foram comprados pelos patrões para atacar os trabalhadores.
A maior parte desses ex-sindicalistas compõe a base de sustentação do governo do PT. São principalmente sindicalistas da Articulação Sindical/PT e do PCdoB.
Essa ofensiva é parte dos planos para paralisar o movimento sindical através da corrupção desses dirigentes sindicais.
Após a assinatura do acordo bianual em 2009, assinado pelos traidores do PT e do PCdoB contra a vontade dos trabalhadores, em conluio com a direção da empresa, o esquema de corrupção desses sindicalistas se tornou algo escancarado e escandaloso. As demonstrações quase explícitas de corrupção, serviu como um fator de enorme desmoralização desses sindicalistas, que nesse momento atravessam uma crise terminal dentro do movimento sindical dos Correios.
Tal desmoralização está obrigando a empresa a partir para a compra de sindicalistas da oposição. Com a fraude do acordo bianual, formou-se um bloco de oposição do qual participavam 17 sindicatos e alguns grupos políticos. O risco de que esse bloco de oposição fizesse desmoronar de vez o regime estabelecido dentro da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), haja vista que a oposição estava praticamente em pé de igualdade em relação à maioria da federação (Articulação/PT e PCdoB), obrigou a empresa a destruir esse bloco de 17 sindicatos através da compra dos sindicalistas da oposição.

Oposição à venda


Dentre os principais grupos que formavam o bloco dos 17 sindicatos, dois deles MRL (Movimento Resistência e Luta) e ASS (Alternativa Sindical Socialista), ambos compostos majoritariamente por militantes do PT, têm alguns de seus dirigentes recebendo cargos na ECT.

Para citar apenas alguns exemplos. É público que o representante do MRL no comando de negociação da PLR, chamado Nilson Rodrigues dos Santos, presidente do Sindicato do Paraná, tem um cargo prometido na empresa. Nilson assinou a PLR miserável dos trabalhadores, estabelecendo critérios para punir duas vezes a categoria.
Uma das representantes da ASS, que chegou a fazer parte do bloco dos 17, foi a sindicalista conhecida pelo apelido de “Lourdinha” do Ceará. Lourdinha está fazendo um abaixo-assinado para conseguir um cargo de diretora regional no estado. A vontade de ser patrão é cada vez maior entre aqueles que se diziam de oposição.

A federação anã: o ”PCCS” do PSTU


O PSTU/Conlutas é outro grupo que fez parte do bloco de oposição ao acordo bianual. Esse grupo foi o mais ativo no boicote à frente dos 17 sindicatos que se opuseram ao golpe dado na campanha salarial de 2009, que terminou com a aliança com o próprio secretário-geral da Fentect, José Ivaldo “Talibã”, do PT nas eleições para a diretoria do Sindicato de São Paulo.

Com o fim do bloco dos 17, o PSTU/Conlutas está colocando em prática uma política para dividir a Fentect. Para isso, juntaram meia-dúzia de sindicatos, que não correspondem sequer a 10% da categoria, para formar uma federação anã. Todo o discurso oposicionista fica totalmente apagado, basta um breve olhar sobre a própria atuação do PSTU no último Conrep (Conselho de Representantes da Fentect). O bloco traidor do PT e do PCdoB, não só não se opunha à idéia de que os “grandes oposicionistas” iriam romper com a Fentect, mas também deram de presente para o PSTU os trabalhos da mesa da plenária.
Na realidade, fica claro que há um acordo para que o PSTU possa colocar em prática, com o apoio da empresa e do bloco PT e PCdoB, sua política divisionista. Essa política, o maior crime contra a categoria, vai deixar o bloco dominante na Fentect com uma maioria mais folgada. Isso significa que a divisão vai possibilitar que a burocracia sindical do PT e do PCdoB ganhe um fôlego e alivie a crise que passam nesse momento.
Em troca de favorecer o governo e o bloco traidor para que coloquem em prática a privatização dos Correios e os maiores ataques contra os trabalhadores, o PSTU/Conlutas vai ganhar o reconhecimento de sua nova federação anã, com mais liberações sindicais, verbas dos sindicatos e cargos para distribuir entre os seus. É o Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) do PSTU: ao invés de lutar em defesa dos interesses dos trabalhadores, lutam para conseguir mais vantagens para seus “sindicalistas”
A nova federação, apoiada pela direção da ECT e pelos traidores, é a versão “esquerdista” da compra e venda de sindicalistas. O PSTU quer paralisar toda a luta dos trabalhadores contra a privatização em troca de seus interesses particulares. É uma verdadeira liquidação de sindicalistas.






Nenhum comentário: