sexta-feira, 17 de junho de 2011

A ditadura PT-PC do B e PSTU defendem a destruição da FENTECT e apoia a privatização dos Correios

A ditadura do Bloco PT, PCdoB e PSTU
Garantir a privatização da ECT destruindo a Fentect pela eliminação da sua democracia interna
Um acordo entre PT, PCdoB e PSTU no Conrep serve para defender colocar em prática a defesa da privatização dos Correios e tentar derrotar a oposição

17 de junho de 2011
O XXX Conrep (Conselho de Representantes da Fentect) está marcado pela volta oficial do Bando dos Quatro na categoria dos Correios. Depois de a burocracia sindical traidora do PT e do PCdoB, que formam a maioria da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), ter entrado em uma crise terminal após o golpe do acordo bianual em 2009, o PSTU/Conlutas é a bola da vez para defender a política do governo contra os trabalhadores e salvar o PT e o PCdoB da extinção na categoria.
O PSTU/Conlutas foi o principal agente para destruir o Bloco dos 17, oposição formada após o golpe do acordo bianual. Depois de muitas intrigas e de muito “trabalho” para acabar com esse bloco oposicionista, o PSTU/Conlutas deu o golpe de misericórdia ao montar uma chapa com José Rivaldo Talibã, secretário-geral da Fentect e principal “homem” do acordo bianual, para as eleições do Sintect-SP, principal sindicato da categoria.
Conlutas-Talibã
O PSTU é neste momento, nos correios, o principal instrumento político para que o ataque da empresa à Fentect tenha êxito, pois o PT-PCdoB, pelo fato de estarem totalmente desmoralizados pela corrupção de sindicalistas que assumiram cargos na empresa, não têm forças para impor sua ditadura na Fentect sem uma fachada de esquerda.
O interesse do PSTU/Conlutas em acabar com o Bloco dos 17 era o de afastar os companheiros da corrente Ecetistas em Luta, do PCO, que dirige o terceiro maior sindicato do País (Sintect-MG), para poder colocar em prática aquilo o seu objetivo: romper com a federação e criar uma nova federaçãozinha. Essa é a política que está sendo defendida pelo PSTU/Conlutas nesse Conrep , sobre a qual entraremos em detalhes mais à frente.
Está mais do que claro que nesse Conrep o PSTU/Conlutas está totalmente sob o controle do PT. Há um acordo com o PT e também com o PCdoB para satisfazer interesses meramente particulares do PSTU.
Para se ter uma idéia, o PT e o PCdoB deu para o PSTU/Conlutas o controle da mesa do Conrep. O Geraldinho do PSTU/Conlutas de São Paulo está “comandando” a mesa. Algo bem interessante para quem está querendo romper com a Fentect e formar uma nova federação com a desculpa de que a Fentect é burocrática. Outro acordo que houve em relação ao Conrep foi sobre a completa falta de participação dos trabalhadores, inclusive dos delegados.
PT, PCdoB e PSTU criaram previamente um regimento para o Conrep que simplesmente acaba com as discussões. O melhor exemplo nesse caso são o grupos de discussão montados, que na realidade deveriam ser chamados de “grupos anti-discussão”. Nesses grupos, os delegados serão obrigados a participar daquilo que já foi arbitrariamente estipulado pela direção da Fentect (PT, PCdoB e PSTU). Dentro dos grupos, é necessário que a proposta de um delegado tenha 30% de aprovação para poder ser levada à plenária. Caso isso não ocorra, o delegado está impossibilitado de sequer discutir sua proposta.
Isso significa que nenhum sindicato independente e a própria oposição teriam condições sequer de levar suas propostas ao plenário. É um expediente ditatorial, típico da direita sindical, para amordaçar o movimento dos trabalhadores. Sem ditadura, é impossível aprovar a privatização.
PT, PCdoB e PSTU defenderam esse grupo de discussão completamente antidemocrático e feito para impedir que se possa haver o mínimo de discussão.
O acordo com o PT tem um objetivo maior. Em troca da derrota de toda a luta contra a privatização, os ataques da empresa e as traições da burocracia sindical, destruindo a oposição, o PSTU/Conlutas vai ganhar de presente um acordo da direção da ECT (PT e PCdoB) para que esta reconheça a nova federação anã que está querendo criar.
Federação sete anões
A nova federação que o PSTU/Conlutas está querendo criar não passa de uma troca de favores com o PT e o PCdoB, que dominam a Fentect, a direção da ECT e o governo.
O que o PSTU quer é cargo. Por isso juntou meia-dúzia de sindicatos e mais uma parte de outro para enganar os otários com um discurso de que a Fentect seria tão burocrática que seria necessário abandoná-la nas mãos do PT e do PCdoB para que estes possam fazer ainda mais livremente todo o tipo de bandalheira contra os trabalhadores.
Essa meia-dúzia de sindicatos não representam nem 10% da categoria, mas já serve para o PSTU conseguir 2% da verba de cada um deles para a federação anã. Junta-se isso ao acordo com o PT (direção da empresa) para este reconheça a nova federação e assim estejam garantidos cargos e liberações sindicais.
O interesse do PSTU é tão grande nesse empreendimento que para a abertura do Conrep foi convidado o próprio Zé Maria.
É para isso que serve o rompimento com a federação. Por um lado o PSTU/Conlutas está atrás de dinheiro e cargos por outro está deixando a Fentect, única organização reconhecida pelos trabalhadores, nas mãos dos traidores do PT e do PCdoB. No momento em que a empresa está sendo privatizada, o PSTU/Conlutas quer ajudar na derrota da luta dos trabalhadores e deixar um presente para a empresa e os traidores. Uma política criminosa.
O problema vai ser o PSTU/Conlutas explicar o Conrep burocrático se ele mesmo está no controle da mesa e se ele mesmo aprovou todas as propostas burocráticas do regimento.
O acordo com o PT e o PCdoB é tão claro que chegou ao nível de o PSTU/Conlutas gritar “fora Anaí e fora PCO” no plenário, mas ninguém ouviu da sua parte o grito de “fora PT e PCdoB” ou “fora Talibã”.
A intervenção dos companheiros da corrente Ecetistas em Luta foi a única que denunciou, apesar de toda a bandalheira e a falta de discussões, a ditadura do regimento aprovado pela burocracia para impedir a participação dos trabalhadores. A corrente Ecetistas em Luta propôs que fosse discutida a privatização da ECT e o problema dos sindicalistas que ganharam cargos de chefia traindo a categoria. O Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e Psol) voltou e foi contra todas essas propostas pois não tem interesse em discuti-las, já que estão no bolso da direção da empresa.
Provocação contra os trabalhadores
Após a discussão sobre o regimento do Conep, seriam apresentados recursos de delegações para a plenária.
Para provocar a bancada da corrente Ecetistas em Luta, composta em sua maioria por companheiros de Minas Gerais, maior sindicato de oposição da categoria, o PCdoB/CTB e o PT apresentaram um recurso da oposição patronal ao Sintect-MG, reivindicando 40% dos delegados.
Esses elementos da oposição são reconhecidamente comprados com dinheiros pela empresa e claro, pelo PCdoB e o PT, para tirar das mãos dos trabalhadores de Minas Gerias o sindicato. A corrupção é pública e os próprios membros dessa oposição patronal admitem que recebem dinheiro para fazer o trabalho sujo da empresa.
PT e PCdoB montaram uma provocação para estrangular o Conrep, com a ajuda irrestrita do PSTU/Conlutas. O PSTU fez um acordo com o PT para aceitar o recurso, ou seja, votar a favor de que a maior bancada oposicionista perdesse delegados para os traidores do PT e do PCdoB.
Nada disso seria possível sem a colaboração estreita do PSTU/Conlutas que fez um acordo de bastidores para aprovar os 30% e para dar 40% da bancada do Minas aos corruptos trazidos pelos privatizadores.
Para defender o recurso, colocaram um ex chefe da ECT, que recebe holerite de chefe, chamado Abrunhosa. Esse elemento, que também foi ex-militante do PSTU, foi denunciado com dedo-dura em todos os setores onde trabalhou em Minas Gerais.
Os próprios trabalhadores denunciaram na assembléia do Sintect-MG que esse Abrunhosa já entregou diversos trabalhadores para a chefia. Não se poderia esperar o contrário de um ex-chefe e de alguém que aceita enfiar a faca em 100 mil trabalhadores em troca de uns trocados.
Montada a provocação e diante da indignação dos trabalhadores de Minas Gerais, o PCdoB agrediu os companheiros do PCO, da corrente Ecetistas em Luta para inviabilizar dar o aval para poder defender a vontade, sem a oposição, a política de privatização dos Correios.
Ditadura sem disfarces
Após a provocação feita aos delegados do Sintect-MG, que originou a briga, os pelegos do PT e PCdoB pagaram ao dono do Hotel Laguna para despejar todos os delegados da Corrente Ecetistas em Luta, que pagaram as altíssimas mensalidades exigidas para participar no Encontro. Esta atitude arbitrária não foi decidida em nenhum fórum sindical, nem na direção da federação, nem no plenário do Conrep, mas é uma decisão ditatorial da camarilha clandestina do PT-PCdoB-PSTU.
Depois disso, e ainda de forma alucinada, estão ameaçando que vão expulsar do Conrep toda a Corrente Ecetistas em Luta. Uma atitude totalmente desesperada, antidemocrática, pois não estão em condições de fazer qualquer debate democrático. Só conseguem manter a Fentect através do expediente da corrupção de pessoas, por cargos ou dinheiro, ou através da ditadura, calando a oposição na base de segurança e bate-pau.
É preciso mobilizar os trabalhadores contra esta ditadura podre a serviço dos banqueiros
É preciso denunciar para todo trabalhador de base o papel patronal do bloco PT-PCdoB e PSTU de se aliar com a direção corrupta da ECT para esconder a privatização dos Correios da categoria.
A situação está deixando claro que para combater a privatização é preciso derrotar o bloco PT-PCdoB e PSTU.
A privatização – que eles procuram disfarçar de todos os modos, porque o governo direitista do PT e do PCdoB não tem coragem de assumir o ônus – é um serviço que estes partidos prestam aos banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais que querem ganhar milhões às custas do trabalhadores, da terceirização e da demissão, como já fazem na Petrobrás. Os que defendem a privatização e, particularmente, os que querem impedir o debate democrático no interior dos sindicatos dos correios, estão realizando um trabalho policialesco e reacionário a serviço dos banqueiros e dos seus lucros, como já fizeram na Petrobrás e em outros lugares.
Nós da Corrente Ecetistas em Luta estaremos, logo após o Conrep,  chamando uma reunião amplamente convocada para organizar esta Oposição Nacional. Estaremos divulgando em toda a categoria a ditadura podre do bando PT-PCdoB-PSTU e organizando oposições em todos os sindicatos.
Chamamos todos os sindicalistas honestos e trabalhadores de base a repudiar a farsa montada pelo PT-PCdoB e PSTU, organizando uma corrente de Oposição Nacional para derrotar a privatização. A única maneira de derrotar a privatização, o governo direitista do PT e os banqueiros é derrotar os seus agentes pagos dentro do movimento sindical.

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