Migalhas para os trabalhadores
A proposta de reajuste de 24% aprovada no Conrep dos traidores não dá nem para compensar o fraudado acordo bianual, que deixou a categoria sem aumento por dois anos
23 de junho de 2011
O bloco traidor PT-PCdoB no 30º Conrep (Conselho de Representantes da Federação) para afirmar sua política de defesa da direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) propôs um miserável índice salarial de 24% para a campanha salarial dos trabalhadores dos Correios desse ano.23 de junho de 2011
O reajuste apresentado pelos traidores foi aprovado pela plenária do Conrep, composta em sua maioria pelo bloco PT-PCdoB. A reivindicação é uma piada contra a categoria que está há dois anos sem aumento salarial.
Por conta do fraudado acordo bianual, aprovado contra a vontade dos trabalhadores em 2009, a categoria recebeu 0,1% de reajuste em 2010, além de ter ficado sem luta por dois anos. O golpe do acordo bianual, no qual direção da empresa e sindicalistas do PT e do PCdoB estiveram juntos, foi uma fraude escandalosa. Foi necessária a intervenção direta da direção da empresa e de chefes para fraudar assembléias e a assinar o acordo.
Nessa campanha salarial, os planos da empresa são ainda piores, devido ao aumento da crise econômica no País, que exige que os patrões aumente a exploração dos trabalhadores, mas principalmente devido ao plano de privatização dos Correios.
A direção da ECT, com a ajuda do Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e Psol), quer um acordo salarial pior do que o de 2009. É necessário aumentar os ataques contra a categoria para impor a privatização dos Correios e assim, garantir os lucros dos abutres internacionais que estão colocando as mãos nos Correios.
Por isso, o Conrep, domina pelo bloco traidor, aprovou essa proposta miserável para os trabalhadores.
O PSTU, por sua, como cobertura da traição, propôs um reajuste também miserável de 34,18%, que não foi aprovado. O reajuste proposto pelo PSTU quase não se diferencia do aprovado pelo bloco PT-PCdoB, já que os 24% aprovados não incluem as perdas da inflação.
É importante ressaltar também que a migalha proposta pelo PSTU é menos do que os 35% reivindicado pela Frente dos 17 sindicatos contrário ao acordo bianual, que se formou após a traição da campanha salarial de 2009. O PSTU, apesar de todo o boicote interno liderado por ele mesmo, também fazia parte do bloco dos 17. Agora, passados dois anos, o PSTU rebaixa até mesmo aquilo que dizia defender, provando que estão completamente alinhados com o bloco traidor na defesa da privatização.
Não foi à toa que o Bando dos Quatro se uniu novamente para defender a direção dos Correios e excluir a oposição nacional Ecetistas em Luta, do PCO.
Os trabalhadores dos Correios não aceitam migalhas. A exploração nos setores de trabalho chegou ao limite. Os trabalhadores devem lutar por 74% de aumento ou greve.
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