O candidato à presidência do Psol, Plínio de Arruda Sampaio, afirmou, em entrevista concedida ao Jornal do SBT, nesta terça-feira (7), que é "perfeitamente possível" ser, ao mesmo tempo, católico e marxista. "Eu sou católico e sou marxista, porque o marxismo me explica as coisas da Terra, mas não explica todas as coisas que acontecem. Aliás, o marxismo tem que mudar. Tem que entender que é possível uma explicação além do que ele explica", disse o candidato.
Plínio voltou a defender o que chama de uma "reforma radical do capitalismo". Ele diz que pretende implantar, caso eleito, uma reforma agrária radical, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, reforma urbana, educação e saúde públicas. "Não estou propondo que se termine com a propriedade privada e com a livre iniciativa. Estou propondo uma reforma radical do capitalismo".
O socialista voltou a defender a limitação da propriedade de terra a 500 alqueires. Questionado se tal reforma não provocaria um derramamento de sangue, Plínio afirma que não necessariamente haveria uma luta armada. "Não necessariamente teria derramamento de sangue. Quando as forças não são parelhas, tudo se faz e se resolve na paz. Se o candidato do Psol chegar à presidência, é porque a correlação de forças mudou de uma tal maneira, que, realmente, o povo acordou para necessidade de terminar com isso", disse.
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