Candidata do PV defende a polícia assassina do Rio de Janeiro
13 de julho de 2010
A candidata do PV às eleições presidenciais, Marina Silva, em visita, na última semana, ao Morro dos Prazeres no Rio de Janeiro defendeu a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora.
A candidata defendeu que as UPPs, que hoje tomam conta de 11 comunidades no Rio de Janeiro sejam ampliadas, assim como defende o governo assassino de Sérgio Cabral (PMDB).
“Essas experiências, que ainda são pontuais e que não ganharam escala, podem criar escala necessária, para atender às necessidades das comunidades, que hoje vivem sob área de risco. As UPP´s podem ser um modelo a ser seguido, desde que sejam transformadas em uma política pública que tenha uma escala” (Agência Brasil, 11/7/2010).
A reivindicação da “candidata verde” é aumentar, portanto, a escala de repressão que ocorre hoje nas favelas do Rio.
As UPPs são propagandeadas pela polícia e o governo como uma polícia do diálogo, mais pacífica que promoveria uma suposta mudança no tratamento aos moradores durante as incursões assassinas de policiais nas favelas.
Os números do próprio governo no estado do Rio mostram que os dados de assassinatos policiais não retrocederam. Estes, ao contrário, aumentaram.
O número de mortos por ações policiais aumentou se comparado ao ano passado. Os índices de março a maio de 2010 são de 292 assassinados pela polícia, nomeado pela polícia do estado como “autos de resistência”, ou seja provocada pela reação armada de quem foi abordado. No mesmo trimestre de 2009 o número teria sido de 285 mortos.
As UPP´s, apesar de se apresentarem como polícia mais pacífica, já sofreram uma série de protestos da população do Rio contra sua presença nas favelas em diversas comunidades.
A candidata do PV e seu candidato no Rio ao governo no estado do Rio, Fernando Gabeira, coligado com o DEM e o PSDB, ao saírem em defesa da política totalmente impopular de aumento da repressão contra a população, só deixam mais evidente que suas candidaturas não passam de candidaturas impulsionadas pela direita e sem qualquer apoio ou simpatia popular. Estes deixam claro que não se propõem nem mesmo a acompanhar a opinião da população trabalhadora.
Estas são candidaturas voltadas para arrecadar o voto da parcela da população das classes médias que, apesar de não ser maioria da população é a que mais oscila entre o voto da esquerda e da direita nas eleições.
Estas candidaturas são um mero instrumento da direita para influenciar o destino dos votos e, por isso, não se propõem a conquistar a simpatia da maioria da população, mas de um público de classe média conservador.
Um comentário:
Todos nós sabemos, As Upps estão dando certo, não adianta vir com esse papo de policia assassina, estão acabando com o tráfico aos poucos, coisa que nenhum outro fez! Eu apoio as Upps, eu apoio Cabral!
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