Pelo sorteio realizado há duas semanas, o horário gratuito do TSE será aberto hoje com o programa de José Serra, vindo em seguida os programas de Plínio de Arruda Sampaio, Rui Costa Pimenta, José Maria de Almeida, Dilma Rousseff, José Maria Eymael, Levi Fidelix, Marina Silva e Ivan Pinheiro. O maior tempo, acima de dez minutos, é o da coligação "Para o Brasil seguir mudando", de Dilma Rousseff. O segundo maior tempo, acima de sete minutos, é o da coligação "O Brasil Pode Mais", de José Serra.
Para esses dois, que são os líderes de todas as pesquisas de intenção de voto, a exposição no horário do TSE é decisiva. O fato de Dilma ter maior tempo reflete a amplitude de suas alianças, o que significa maior penetração nacional. O fato de Serra ter ligeiramente menos tempo é uma desvantagem que os analistas consideram relativa. O mais importante, segundo crença geral, é o conteúdo das campanhas e a forma como são apresentadas.
Lembram todos que o desconhecido Enéas, do desconhecido Prona, com menos de meio minuto firmou-se como uma das estrelas das eleições de 1989, as primeiras diretas para presidente da República desde a eleição de Jânio Quadros, em 1960. Terminou à frente de medalhões da política nacional, como Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves, detentores de amplo espaço na propaganda eleitoral gratuita.
O que se espera, dos telespectadores e ouvintes, é que prestem atenção à propaganda dos principais candidatos, de agora em diante. Chegamos à reta final da campanha, ao momento em que de fato os eleitores definem seu voto. É a ocasião para que os candidatos, por sua vez, definam a forma de comunicação com o eleitorado e afinem a sua pregação.
Até aqui, o que houve de mais relevante foram as pesquisas de intenção de voto, o primeiro debate com participação de quatro candidatos (Dilma Rousseff, José Serra, Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio), na TV Bandeirantes, e as entrevistas de 12 minutos, ao vivo, com três deles (Dilma, Serra, Marina) no Jornal da Nacional da Globo.
Daqui em diante, o horário do TSE se destaca entre os espaços à disposição dos candidatos. Haverá mais debates e novas rodadas de pesquisas. Mas o horário do TSE será mesmo a hora da verdade - embora seja sabido que nem todos dizem apenas a verdade, ali.
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