Aliança pela privatização e contra a campanha salarial
A aliança eleitoral dos três partidos trouxe à tona o verdadeiro significado da política de traição dos sindicalistas do PT e do PCdoB, aliados dos patrões nos Correios
15 de agosto de 2010
Os anos de traições dos sindicalistas traidores da Fentect, formada em sua maioria pela direita do PT e pelo PCdoB, deixaram claro que esses sindicalistas sempre estiveram juntos com a direção da ECT para atacar os trabalhadores.15 de agosto de 2010
Contudo, se antes poderia ser confuso o fato de o governo Lula do PT não ocupar diretamente os principais cargos na ECT – apesar de ser o próprio governo quem indica os que ocuparão estes cargos – agora, com as eleições nacionais não restam dúvidas: os sindicalistas traidores do PT e do PCdoB são os patrões da ECT dentro do movimento sindical.
A aliança PT-PCdoB-PMDB sempre existiu, mas se tornou “oficial” como aliança eleitoral. A luta dos trabalhadores dos Correios contra a empresa encontra uma barreira nessa aliança. Patrões e burocracia sindical se confundem e são fundamentalmente a mesma coisa.
Isso explica as traições da burocracia sindical, como o Acordo Bianual, o PCCS da escravidão, o Banco de Horas e PDVs para atacar os trabalhadores e privatizar a empresa.
Nessas eleições os três partidos formam a base da candidatura de Dima Roussef à presidência. Em Minas Gerais, nada mais nada menos do que Hélio Costa, ex-ministro das Comunicações, encabeça a chapa ao governo do estado e no Distrito Federal, o candidato à vice-governador da chapa encabeçada por Agnelo Queiroz (PT, ex PCdoB), Tadeu Filipelli (PMDB), é o padrinho político do novo presidente da ECT, David José de Matos (PMDB). Não é preciso fazer esforço para saber que todos os nomes envolvidos nessa aliança eleitoral são responsáveis diretos pelos ataques aos trabalhadores dos Correios. Para citar apenas o principal fato, Dilma e Hélio Costa, quando eram ministros de Lula, formaram o GTI (grupo de Trabalho Interministerial) que criou os projetos de Correios S.A.
A aliança deixa claro também a distribuição de cargos na ECT aos sindicalistas. Desde o início do governo Lula, foram cerca de 500 sindicalistas que receberam cargos na empresa em troca da traição de uma campanha salarial e da assinatura de um documento como o PCCS, apenas para citar alguns exemplos.
Foi assim que Manoel dos Santos Catoara, ex-secretário geral da Fentect, saiu da federação dos trabalhadores, diretamente para a cúpula da ECT, como negociador do lado patronal, ganhando mais de R$ 16 mil. Tudo issso, Cantoara ganhou depois de ter assinado o PCCS/2008 da escravidão e outras traições.
Da mesma maneira, no momento em que há uma luta no seio do movimento sindical pela campanha salarial e contra a privatização, a direção da ECT está financiando oposições nos sindicatos dirigidos pela Corrente Ecetistas em Luta do PCO. A intenção desse financiamento é enfraquecer as organizações que levam uma política independente dos patrões da direção da empresa e do governo.
Em Minas Gerais, através da CTB/PCdoB, a direção da ECT corrompeu alguns elementos desclassificados para fazer oposição à diretoria do Sintect-MG. Esses elementos, com a ajuda da empresa, estão tentando dar um golpe no sindicato de todas as maneiras, inclusive através de processo judicial defendendo a intervenção da justiça e do Estado na organização dos trabalhadores. A corrupção é tão descarada que a oposição de Minas Gerais foi financiada para ir ao 29º Conrep, com tudo pago pela empresa, liberação do trabalho, mesmo sem terem sido delegados. Tudo para defender a política dos patrões no Conrep: a privatização e impedir a campanha salarial. A mesma coisa fizeram na última sexta-feira, quando foram liberados pela empresa para acompanhar a audiência judicial do processo de intervenção no sindicato, pedido por eles.
Neste momento, o Sintect-ES está em processo eleitoral. O sindicato também é dirigido pela Corrente Ecetistas em Luta e a empresa está financiando uma oposição para tentar tomar o sindicato dos trabalhadores. A “oposição-Terezão” como ficou conhecida, é uma chapa que junta antigos chefes, puxa-sacos e oportunistas de todas as espécies apoiados pelos traidores nacionais da categoria, como é o caso do próprio Cantoara.
Os elementos que formam a chapa da “oposição-Terezão” no Espírito Santo estão em busca de cargos e privilégios da empresa. Os trabalhadores estão nos setores sem descanso, deixando o seu sangue na empresa, enquanto isso, esses corruptos, para conseguir esses privilégios, estão dispostos a qualquer traição, como impedir a campanha salarial.
A aliança PT-PCdoB-PMDB é uma aliança concreta, contra os trabalhadores dos Correios, a favor dos capitalistas e da privatização. Assim como convocamos os trabalhadores a lutar contra a direção da ECT, chamamos a categoria a lutar contra e a expulsar os sindicalistas traidores do PT e do PCdoB S.A., que são o patrão dentro do movimento sindical.
Convocamos os trabalhadores dos Correios a iniciar já a organização da campanha salarial 2010, derrotar a privatização e derrotar não só no terreno e eleitoral, mas principalmente na luta, a aliança PT-PCdoB-PMDB dos patrões.
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