terça-feira, 3 de agosto de 2010

Crise nos Correios: aos poucos privatizando e agora pior - terceirizando

Barrar a privatização e a terceirização
Direção da ECT está privatizando aos poucos com a terceirização
Diante da completa rejeição da categoria ao projeto de Correios S.A., a direção da ECT está tentando privatizar os Correios por dentro com a ampliação da terceirização, uma manobra para entregar a ECT para os empresários sem despertar tanta atenção dos trabalhadores

3 de agosto de 2010
A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e o governo já perceberam que o projeto de Correios do Brasil S.A., apresentado o ano passado e que seria levado ao Congresso como Medida Provisória, não é apoiado pelos trabalhadores. A proposta de entregar aos abutres internacionais uma das maiores empresas estatais do Brasil e a maior em número de funcionários, não é nem um pouco popular na categoria.
Os trabalhadores brasileiros, não só dos Correios, sabem que a privatização é sinônimo de demissões em massa, baixos salários, super-exploração, terceirização etc. Por isso, a categoria em todo o País está se levantando contra o projeto de Correios S.A.
Diante dessa situação desfavorável, a direção da ECT está tomando pouco a pouco medidas no sentido de privatizar a empresa, sem chamar muita atenção. Diariamente, aparecem denúncias que deixam cada vez mais claro que a direção da empresa não interrompeu seu projeto de privatização.
Todas as principais funções de trabalho estão sendo ocupadas por trabalhadores terceirizados.
Em Jaraguá do Sul, cidade no interior de Santa Catarina, por exemplo, a empresa contratou oito carteiros terceirizados para suprir os problemas de atraso nas entregas devido à falta de funcionários, problema que se estendia desde o final do ano passado.
Em vários CTCs, como é o caso do CTC Jaguaré, já existem vários terceirizados fazendo o trabalho dos OTTs (Operadores de Triagem e Transbordo).
Denunciamos recentemente que nas agências, as chefias já anunciaram que todos os atendentes que fazem o trabalho de expedição vão ser obrigados a trabalhar nos guichês. Isso porque todo o trabalho de expedição será feito por terceirizados.
O novo presidente da empresa, David José de Matos, que ocupou o cargo após a demissão de Carlos Henrique Custódio, já anunciou que pretende terceirizar o serviço aéreo.
Os patrões querem terceirizar ao máximo os serviços para explorar mais os trabalhadores. Um terceirizado não tem os mesmos direitos que um funcionário contratado pela empresa. O salário de um terceirizado somado com o vale alimentação não chega a metade do que ganha um trabalhador dos Correios concursado. Sem contar os demais direitos conquistados por anos de luta dos ecetistas, que simplesmente serão ignorados pela empresa.
Não é à toa que a direção da ECT demorou tanto para definir o concurso público que teve as inscrições abertas ainda no ano passado, com mais de um milhão de inscritos. Além de não querer contratar para obrigar os trabalhadores a fazerem o serviço de dois ou mais companheiros, a direção da empresa ganhou tempo para encher os setores de terceirizados para suprir a demanda de funcionários.
Os trabalhadores não vão aceitar esse golpe da empresa.
- Contratação imediata de novos funcionários!
- Incorporação de todos os terceirizados aos quadros da ECT!
-Não ao Correios S.A.; não à privatização dos Correios!

Um comentário:

Sobre nos disse...

Inicialmente quando falamos em privatizacao temos que levar em conta a qualidade dos servicos prestados pela empresa. Bom, no caso do correios sou levado a acreditar que o melhor caminho para a eficiencia, qualidade e respeito aos correios e retirar da presidencia esse bando de funcionarios publicos que nao estao preocupados com o servico prestado por essa empresa. Ja passei por situacoes em que a mercdoria minha ficou dois meses parado no correios, houve tambem casos em que ela foi extraviada, isso sem levar em conta os altos precos cobrados por eles. DIGO SIM A TERCERIZACAO.